Divagando sobre os onze
Por H. James Kutscka
Apostado na roleta dá a vitória ao ímpar, ao negro, à
primeira dúzia, e no pleno direito a receber trinta e seis vezes o que apostou
Na numerologia o número significa a perfeição, a evolução
espiritual, vê-lo repetido então, como no mostrador digital de um relógio,
segundo os estudiosos, é uma chamada para o despertar da consciência e a
realização de pensamentos em realidades.
No futebol o número de pessoas com nomes estranhos necessário
para formar um time.
Recordo de um amigo de infância narrando um jogo de futebol
imaginário contra a seleção italiana: ...e no ataque da Azurra temos:
Fiorespúcio, Johnson Vaca e Tony Balostra.
Nomes esses inventados por um guri do meu Rio Grande do Sul
que nos fazia rir e que não chegam nem perto de alguns verdadeiros como o do
argentino Milton Caraglio, do napolitano Salvatore Bocchetti, ou o goleiro
polonês Lukasz Merda.
Duvida? É só buscar na internet para encontrar os artistas
da bola.
Falando nisso, em 2020 o vencedor do Troféu Bola de Ouro da
Fifa foi o jogador Lewandovsky do Bayern de München o que nos remete a outros
onze artistas onde outro de mesmo nome liderou o movimento para transformar em
lei a obrigatoriedade de todos os brasileiros tornarem-se cobaias de vacinas
não aprovadas pela Anvisa.
Ignorando solenemente o principio libertário da ausência de
coerção de indivíduos sobre outros indivíduos, ou “a ninguém será permitido o
uso da força para obrigar ou induzir alguém a fazer o que não deseja.
Copio aqui uma frase vista na internet com relação ao tema
com a ilustração de uma seringa: “Penetração sem consentimento é estupro”!
Gol de placa para a NOM.
No nosso caso, o Troféu “Bolas de Ouro” vai para o
Presidente da República.
“Hay que tenerlas!”
Resta-nos a alegria de que esses onze, como juiz ladrão de
partida de várzea, somente poderão sair do campo (no caso em questão
Ministério) escoltados por guardas de segurança.
Já no Chile, pais onde vivi por seis maravilhosos anos,
existe “las once”, um habito religioso de tomar um chá da tarde como os
britânicos.
Por algum tempo me intrigou o “vamos tomar las once”,
quando o pessoal que trabalhava comigo com essa frase interrompia o que
estivesse fazendo lá pelas quatro e meia da tarde e ia para a cantina da
agência.
Ximena que era meu braço direito, um dia me explicou o
porquê do evento se chamar “Las Once”.
A origem da palavra vinha dos monastérios dos Capuchinhos
do Sul do Chile, onde no inverno faz muito mais frio que em Santiago, e
anoitece ali pela quatro da tarde.
“Las Once” se referia ao número de letras da palavra
“aguardiente” que não se atreviam a pronunciar por ser pecado, mas era uma
maneira de lidar com o frio.
Com o tempo surgiram os aquecedores e a “aguardente” cedeu
seu lugar para o inofensivo chá com “galletas”, mas o nome permaneceu.
Aqui em terras tropicais, mais precisamente no Cerrado no
conforto do ar condicionado, aparentemente nossos onze não descartam “las once”
tradicionais e estão muito longe do que a numerologia cita como predicado do
número.
Como numerologia não é ciência, está perdoada, já eles não
tomarem ciência de que o povo está de saco cheio é brincar com o perigo.
Senão como explicar tanta estupidez?
Vamos demiti-los por justa causa, basta provar que estão
bebendo em serviço e fazendo o que no futebol polonês é apenas o sobrenome do
Lukasz.
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