sábado, 19 de dezembro de 2020

 



Divagando sobre os onze

Por H. James Kutscka

 

Apostado na roleta dá a vitória ao ímpar, ao negro, à primeira dúzia, e no pleno direito a receber trinta e seis vezes o que apostou

Na numerologia o número significa a perfeição, a evolução espiritual, vê-lo repetido então, como no mostrador digital de um relógio, segundo os estudiosos, é uma chamada para o despertar da consciência e a realização de pensamentos em realidades.  

No futebol o número de pessoas com nomes estranhos necessário para formar um time.

Recordo de um amigo de infância narrando um jogo de futebol imaginário contra a seleção italiana: ...e no ataque da Azurra temos: Fiorespúcio, Johnson Vaca e Tony Balostra.

Nomes esses inventados por um guri do meu Rio Grande do Sul que nos fazia rir e que não chegam nem perto de alguns verdadeiros como o do argentino Milton Caraglio, do napolitano Salvatore Bocchetti, ou o goleiro polonês Lukasz Merda.

Duvida? É só buscar na internet para encontrar os artistas da bola.

Falando nisso, em 2020 o vencedor do Troféu Bola de Ouro da Fifa foi o jogador Lewandovsky do Bayern de München o que nos remete a outros onze artistas onde outro de mesmo nome liderou o movimento para transformar em lei a obrigatoriedade de todos os brasileiros tornarem-se cobaias de vacinas não aprovadas pela Anvisa.

Ignorando solenemente o principio libertário da ausência de coerção de indivíduos sobre outros indivíduos, ou “a ninguém será permitido o uso da força para obrigar ou induzir alguém a fazer o que não deseja.

Copio aqui uma frase vista na internet com relação ao tema com a ilustração de uma seringa: “Penetração sem consentimento é estupro”!  

Gol de placa para a NOM.

No nosso caso, o Troféu “Bolas de Ouro” vai para o Presidente da República.

“Hay que tenerlas!”

Resta-nos a alegria de que esses onze, como juiz ladrão de partida de várzea, somente poderão sair do campo (no caso em questão Ministério) escoltados por guardas de segurança.  

Já no Chile, pais onde vivi por seis maravilhosos anos, existe “las once”, um habito religioso de tomar um chá da tarde como os britânicos.

Por algum tempo me intrigou o “vamos tomar las once”, quando o pessoal que trabalhava comigo com essa frase interrompia o que estivesse fazendo lá pelas quatro e meia da tarde e ia para a cantina da agência.

Ximena que era meu braço direito, um dia me explicou o porquê do evento se chamar “Las Once”.

A origem da palavra vinha dos monastérios dos Capuchinhos do Sul do Chile, onde no inverno faz muito mais frio que em Santiago, e anoitece ali pela quatro da tarde.

“Las Once” se referia ao número de letras da palavra “aguardiente” que não se atreviam a pronunciar por ser pecado, mas era uma maneira de lidar com o frio.

Com o tempo surgiram os aquecedores e a “aguardente” cedeu seu lugar para o inofensivo chá com “galletas”, mas o nome permaneceu.

Aqui em terras tropicais, mais precisamente no Cerrado no conforto do ar condicionado, aparentemente nossos onze não descartam “las once” tradicionais e estão muito longe do que a numerologia cita como predicado do número.

Como numerologia não é ciência, está perdoada, já eles não tomarem ciência de que o povo está de saco cheio é brincar com o perigo.

Senão como explicar tanta estupidez?

Vamos demiti-los por justa causa, basta provar que estão bebendo em serviço e fazendo o que no futebol polonês é apenas o sobrenome do Lukasz. 

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