sábado, 26 de junho de 2021

 



Fato ou Ficção?

Por H. James Kutscka

 

- Fact or Fiction?

Diana Vreeland, poderosa editora chefe da Vogue e Harpeer´s Baazar de 1962 à 1971 e posteriormente consultora do The Costume Institute of the New York  Metropolitam Museum of Art ,recebeu de um repórter à queima roupa a pergunta acima relativa à sua vida particular e seus hiperbólicos arroubos criativos que rompiam com os cânones da moda à época.

Sua resposta: Faction!

Pessoas impares tem sem titubear respostas singulares e sui generis para perguntas desse tipo beirando a insolência, justamente por isso se destacam do rebanho.

Se o leitor ou leitora tiver calma e continuar lendo, logo irá entender porque comecei esse artigo citando tal fato.

Nessa última sexta-feira, personagens que ocupam cargos da mais alta importância em nosso país, mais uma vez nos envergonharam perante o mundo civilizado mostrando despudoradamente seu mau caráter, sua falta de educação e sua imperdoável ignorância da língua pátria.

O presidente dessa CPI da fumaça, um senador que já havia emitido vários palavrões durante os trabalhos, pede aos presentes ao circo: “vamos se acalmar”!

Outro dia uma das “excelências” soltou essa preciosidade: “o infectorologista”. (como bem se expressariam nossos irmãos d´´além mar, “bestial ó pá”!)

As barbaridades se sucedem, a última atração no picadeiro central são o deputado Luis Miranda e seu irmão o servidor público “escadinha” Luis Ricardo Miranda, que navegando na onda provocada por notícia (muito provavelmente plantada por eles mesmos) no jornal “O Estado de São Paulo” acusam o governo federal de fraude na compra das vacinas Covaxin da Índia.

“Pièce de résistence” da denúncia, um documento (obviamente fraudado) gera o delírio da bancada da China que permeia a CPI. mostrando que entre o laboratório produtor da vacina, Bharath  Biotech  e o comprador  (governo brasileiro), havia uma terceira empresa  intermediária  chamada Madison  Biotech  por onde ocorreria o desvio de dinheiro segundo a reportagem do “O Estado de São Paulo” com um “overprice” de 1000%.

Sobre Luis Miranda e seu passado comprometedor não vou me estender, peço a meus queridos leitores a gentileza de que procurem na Internet.

Sucede que essa Madison Biotech nada mais é que o braço internacional da Bharath Biotech em Singapura para operações internacionais.

O presidente da CPI chega a declarar do alto de seu conhecimento científico que: “a vacina da Índia foi considerada insalubre pela Anvisa”.

O “castrati” (parte da comissão) quase tem um orgasmo enquanto o relator sorri por trás da máscara.

Para quem não está à par das notícias internacionais tal declaração vem justo quando o “The New York Times” faz extensa e contundente matéria sobre a ineficácia da vacina chinesa.

Nos Estados Unidos o Senado está no encalço do dr. Anthony Fauci aparentemente o “chef de  cuisine” autor da “M” que foi servida ”à la carte” ao mundo de maneira organizada como em um banquete na Casa Branca .

Explico: além dessa CPI somente produzir fumaça para esconder verdades e livrar governadores e prefeitos corruptos de suas responsabilidades pelas mortes, está descaradamente trabalhando para a China.

Em qualquer país civilizado do mundo esses deputados e senadores envolvidos nessa narrativa imunda, seriam considerados (como os franceses e francesas que cooptaram com o invasor nazista atraídos pelo poder os primeiros e possivelmente pelo poder e pelos magníficos uniformes nazistas desenhados por Hugo Boss as segundas) colaboracionistas.

Todos traidores da pátria, e a pena para tal crime o fuzilamento, e como na China que tanto veneram, a família deve pagar pela bala utilizada no ato da execução.

Mas vamos voltar ao princípio desse artigo, a pergunta a fazer sobre tudo isso a nós mesmos seria: Fato ou ficção?

No meu caso particular eu responderia como Diana: Facção, uma facção criminosa, uma gangue formada por repórteres das mais diversas mídias e políticos colaboracionistas que foi criada ao longo dos últimos mais de trinta anos e não satisfeita em mentir a nível nacional o fazem atualmente até fora de nossas fronteiras, publicando matéria espúrias repletas de mentiras.

O presidente Bolsonaro já solicitou à Polícia Federal investigação sobre os irmãos Miranda, uma vez que do resto da “trupe” já tem a “capivara” toda.

Nos resta esperar que os culpados sejam punidos exemplarmente como o foram os franceses que “viraram a casaca”.   

Como na hora do Brasil, aqui vai o "Aviso aos Navegantes": 

- Deu ruim comunas!

sábado, 19 de junho de 2021







 

O ano que vivemos em perigo.


Por: H. James Kutscka.

 

Não amigos leitores, não estou falando de 2020, sim de 1965 na Indonésia e de um filme de Peter Weir, o grande diretor de cinema australiano que trouxe para as telas sucessos como: “A Sociedade dos Poetas Mortos “ ,“ O Mestre dos  Mares“  entre tantos outros.

No caso trata-se de, “The Year of living Dangerously”, filme   que retrata a queda de Sukarno vista pelos olhos de um repórter  australiano representado por Mel Gibson, enviado a Jacarta para cobrir os eventos e que tem como ajudante local um fotógrafo anão, Billy Kwan, vivido  na tela por Lind Hunt  (vencedora do Oscar  de ator coadjuvante em 1984) passando para trás nada menos que Glenn Close, Cher , Amy Irving  e Alfre Woodard.

No “casting” estão também Sigourney Weaver e Michael Murphy.

Se você caro leitor ou leitora não o viu, vale a pena procurar e assistir, mas como não estou aqui para escrever crítica cinematográfica, somente estou citando o filme porque nele uma cena me chamou especial atenção e tem tudo a ver com o atual momento.

Na noite anterior à queda do ditador, Mel Gibson o repórter é levado por Billy Kwan o fotógrafo, para uma favela na periferia de Jacarta para assistir uma diversão local o “Teatro das Sombras” e assim poder entender melhor o que se passa na Indonésia e o espirito de seu povo.

Sobre um lençol estendido em um varal, a história trágica de um amor impossível entre um príncipe e uma princesa é representada por bonecos de madeira movidos por titereiros.

Embora os bonecos sejam ricamente trabalhados em cores vibrantes e suas vestimentas sejam, tudo que é dado à plateia ver são suas sombras projetadas pela luz de uma fogueira armada estrategicamente  a alguma distância por trás do lençol, enquanto uma voz através de um alto falante vai narrando a história.

O repórter fica curioso sobre o fato de os bonecos serem tão ricamente trabalhados se só o que o público vai ver são sombras.

A resposta de Billy Kwan é: Isso mostra a toda essa gente que o destino não distingue classe social, para ele (o destino) todos somos apenas sombras que desaparecem perdidas na escuridão quando a luz se apaga, e eu complemento: é assim “maktub” (palavra árabe que significa “já estava escrito”) e você “sífu” com seu terno Armani ou seu vestido Versace, igualzinho àqueles pobres coitados vestidos com andrajos que seu olhar seletivamente deletava da paisagem. Alguns anos mais tarde encontrei  e comprei os bonecos do teatro das sombras com sua rica roupagem e beleza que hoje me recordam de que aparência e luxo servem apenas para decoração.

Isso nos trás ao momento atual na Pátria amada idolatrada, “selva! selva!”

Aqui, como diz um querido amigo, temos o teatro do “João Minhoca” mais ou menos equivalente ao teatro de sombras da Indonésia e o povo se comporta como as crianças que mesmerizadas pelo espetáculo, em um momento gritam para a vovozinha que o lobo mau está atrás dela, e no momento seguinte felizes e exultantes aplaudem porque ela se vira e bate no lobo, sem lembrar que tanto a vovó quanto o lobo são movidos pelas mãos de um mesmo homem escondido atrás do palquinho”.

Na atual “fraudêmia”, assim como na CPI que diz investiga-la, na negociata das vacinas e no Supremo com suas interpretações esdrùxulas da Constituição, não importando  cargo ou roupagem dos protagonistas, como no “teatro do Joâo Minhoca” a população enfeitiçada pela atuação dos bonecos esquece de ver quem está por trás do espetáculo, não apenas no Brasil, mas no mundo.

Então até como serviço de utilidade pública, aqui vão alguns dos nomes das fábricas de bonecos e de alguns titereiros para quem quiser investigar, (o Google está aí para isso): Clube Bilderberg,  Chattham  House, Instituto Tavistok,  The Fabian Society, (que no seu brasão traz a sugestiva figura de um lobo  coberto por uma pele de cordeiro) e eventualmente alguns outros grupos de “benfeitores da humanidade” que esse escriba ainda  desconhece, já os titereiros são mais conhecidos: Bill Gates, George Soros, família Rothschild, Jeff Bezos, Zuckerberg, Jack Dorsey (só para citar alguns dos menos discretos), que contam com vassalos como Anthony  Fauci  “cientista”  diretor do US National Institute of Allergy and Infectious, ícone  e carro chefe mundial do “fique em casa” entre outras imbecilidades, Tedros Adhanom  Ghebreysus  presidente da OMS,  responsável pela manutenção do nível de pânico estabelecido em escala planetária e muitos outros  que se confundem nas sombras criadas pela mídia.

No Brasil o “puppet master”, (mestre titereiro inventor do “nove dedos”, mas que rouba como se tivesse os dez) mora em São Paulo, no bairro de Higienópolis (oh ironia!) e atende pelo apelido carinhoso de Fernando Henrique Seboso.

Nos consola que como no teatro das sombras, o destino não liga para cargos, contas bancárias ou vestimentas caras, e que como no caso de Sukarno o “destino” fará seu trabalho.

Ele atende pelo nome de: Povo Indignado!

Como em 1965 na Indonésia estamos vivendo em perigo.

sábado, 12 de junho de 2021







Tapophônia

 

Por H. James Kutscka

 

Por ocasião do alvissareiro tapa desferido por um popular anônimo na cara do prepotente presidente “caga regras” Emmanuel Macron que em um momento de desatino e loucura populista, resolveu encarnar um Bolsonaro e correr para os braços do povo.

Me ocorreu a criação de um evento mundial mais ou menos como o “USA for África”, no qual a música” We are the World” cantada pelos mais famosos artistas da época ganhou corações e mentes ao redor do planeta.

A “Tapophônia pela vergonha”, a palavra que inventei, tem sua raiz na palavra grega Sinfonia (que significa todos os sons) somente que no caso presente, significaria todos os sons desde que produzidos por tapas desferidos nas bochechas gordas ou magras (para termos graves e agudos) de corruptos pelo mundo afora por populares indignados.

O primeiro acorde dessa “Tapophônia pela Vergonha” foi gravado na França, e para meu entendimento respondeu ao “Koan” (pergunta sem sentido proposta pelo mestre Zen Budista para estimular o discípulo à meditação): Qual o som de uma só mão batendo palma?

Resposta: O som dos tapas aplicados pelo povo na cara dos políticos canalhas.

E já que estamos falando em tapas na cara que soam como música para nossos ouvidos aí vai um exemplo com tapa e música onde o resultado acabou rendendo um Oscar para o ator.

A eficácia do tratamento pode ser verificada no filme Whiplash (Em Busca Da Perfeição) onde o ator JK Simmons (ganhador do Oscar de melhor ator coadjuvante em 2015 pelo papel) como um exigente professor do Conservatório Musical de Shaffer (o melhor de New York)  aplica alguns tapas na cara de  Andrew Newman ( ator que personifica um estudante de bateria) por esse  não estar à altura do que o conservatório  esperava para um baterista na execução da peça de Jazz “Caravan”  de  Juan Tizol e Duke Ellington.

O corretivo aplicado resulta em uma das melhores performances de “Caravan” que esse escriba já ouviu.

Se você duvida de mim, consiga a trilha musical do filme e preste atenção especificamente na bateria.

A lição aprendida é que: a eficiência, o desempenho, a produtividade e a performance são resultado da disciplina e essa às vezes pode ser conseguida “afinando“ o indivíduo  como se faz com um instrumento, só que esse com uns bons tapas.

Como no “Koan” me pergunto qual seria o som de um bom tapa na cara do “Beiçola”?

Talvez o mesmo som de uma bofetada em um saco de estrume.

E o som de um bom tabefe na cara do “amigo do amigo de meu pai”? talvez o de um tambor feito com pele de porco.

Na cara do “calça justa”, com certeza o som agudo de uma cuica.

Na ala internacional para começar por perto, uma chapuletada na cara de Albertito, que desceu do navio vindo da Europa na pátria de “los Hermanos”. Esse soaria como um bufete num corte de carne de terceira.

Na cara da Merkel seria talvez o mesmo som de uma “bolachada” (desculpem a redundância), em um pacote de “craquelets”, (em francês porque vocês já sabem...)  bolachas de água e sal.

Na do Biden, o som que esperaríamos proveniente de um pescoção dado em e um pacote de fraldas geriátricas.

Que linda “tapophônia” ouviríamos se o povo cansado de ser insultado, como no antigo desafio para um duelo entre cavalheiros, onde o ofendido dava com a luva na cara do ofensor o fizéssemos, como na França de Macron, sem a luva.

Essa alegre e quase inofensiva ação (fisicamente falando), teria no entanto um efeito devastador na autoestima  do atingido e talvez isso começasse a mudar as coisas. O que soaria como música para nossos ouvidos cansados de ouvir asnices.

Proponho por fim, que o segundo acorde seja ouvido proveniente do Brasil, temos por aqui muitos candidatos a um bom tabefe em público.  

Podíamos começar afinando os senadores da CPI que estão desafinados com a nação, afinando todos de uma só vez com tapas múltiplos como na inesquecível cena do filme “ Amici Miei” ( Caros Amigos ) na estação de trem , onde Ugo Tognazzi , Gastone Moschin, Phillipe Noiret e Adolfo Celi se postam estratégicamente em uma gare na Itália, com o braço estendido e a mão espalmada na altura das janelas de um trem que parte, como se abanassem para alguém e vão esbofeteando os passageiros que com as cabeças para fora da janela se despendem das pessoas na estação em uma sequência hilária.    

Uma “motociata” com muito mais de cem mil motociclistas pela liberdade em apoio ao nosso presidente realizada nesse sábado nos garante.

Chora”MIcron”!


sábado, 5 de junho de 2021

 



Mr. Wong

Por H. James Kutscka 

 

Todo mundo conhece, e se não conhece deveria conhecer o personagem (assim mesmo, no singular, pois trata-se da mesma pessoa) Dr. Henry Jekyll e o senhor Edward Hyde, conhecidos de maneira mais popular por Dr. Jekyll e Mr . Hyde, do primeiro livro a ter um personagem com dupla personalidade, fenômeno nomeado mais tarde na psiquiatria como TDC (transtorno dissociativo de caráter).

Era 1886 e Robert Louis Stevenson, que já em 1883 havia encantado o mundo das letras com “A Ilha do Tesouro”, lançava um romance gótico que poderia ser considerado (utilizando-me de uma expressão atual um “blockbuster”), “O Estranho Caso de Dr. Jekyll e Mr. Hyde” popularmente conhecido como “O Médico e o Monstro”

O sucesso foi tal que em 1920 o livro virou filme (ainda mudo) dirigido por John S. Robertson com John Barrymore no papel principal.

A história não perdeu seu encanto e em 1941 voltou às telas em uma superprodução com Spencer Tracy, Ingrid Bergman e Lana Turner dirigidos por Victor Fleming, o mesmo diretor que um ano antes havia ganhado o Oscar pela direção de “Gone With the Wind”.  

O tema do transtorno dissociativo de caráter volta a ser explorado no cinema em 1957 no filme “As Três Faces de Eva” baseado no romance do mesmo nome de Corbeth H. Thigpen  e  Hervey M. Cleckley (esses sim duas pessoas diferentes)  então com Joanne Woodward  interpretando  as três personalidades: Eve White, Eve Black e Jane (sem comentários sobre os nomes  da personagem para evitar as patrulhas racistas).

Tudo isso para chegar a nosso Mário Quintana, poeta preferido de meu pai e um poema seu: “O Estranho Caso   de Mr. Wong”, nele Quintana descreve um médico altruísta, Dr. Jekill, Mr. Hyde um “desrecalcado” e uma terceira personalidade: um chinês, Mr Wong, todos habitando o mesmo corpo.  O poeta os coloca em um camarote de teatro onde Dr. Jekill compenetrado presta atenção no que é encenado no palco, Mr Hyde arrisca um olho no decote da senhora vizinha, enquanto Mr Wong completamente alienado ao que se passa ao redor encontra-se ocupado contando carecas na plateia.

Os fatos das últimas semanas, onde beócios ofendem com sua obtusidade e prepotência médicas consagradas em uma CPI digna de teatro mambembe, tentando impingir a culpa  das mortes pela praga chinesa ao nosso presidente sem que haja uma resposta à altura  por parte das autoridades ou mesmo da população de bem (com a honrosa  exceção da Associação Médica Brasileira que pediu para ser ouvida na CPI e do Simers “Sindicato Médico do Rio Grande do Sul”, que emitiu uma nota de repúdio pelo tratamento dispensado pelos “inquisidores” à Dra, Nise), me leva a crer  que a maioria de nossa população leva dentro de si como um parasita intra celular obrigatório (a maneira de dizer aquela palavra, começada com “V” que não deve ser escrita para evitar ser proscrito das redes) um Mr. Wong personalidade que independente da coincidência oriental do momento, parece  estar presente há muito tempo no inconsciente de nosso povo e que no momento esta preocupado com algo mais importante: como quantas pessoas estavam sem máscara ao redor do presidente no último evento para informar  aos repórteres .

Ninguém se levanta para citar não o número de mortos, mas os milhões que foram salvos graças ao tratamento precoce, ou a espetacular recuperação da economia que cresceu acima dos quatro por cento, mesmo diante do saque feito aos cofres federais para prefeitos e governadores combaterem a “fraudêmia”.

Os milhões de Mr. Wongs entram no armário e vão para Nárnia, enquanto os Hyde incorporando Torquemada no auge do seu estrelato na Inquisição espanhola, prepara a fogueira para Dra. Nise Yamaguchi e Dra. Mayra Pinheiro (cujo único erro foi haver aceitado o cargo de Secretária do Ministério da Saúde) duas médicas que ousaram desafiar a narrativa conveniente aos Hyde, que no momento são a personalidade dominante do transtorno dissociativo de caráter que abrange a política brasileira.

Estamos juntos no teatro de Quintana assistindo ao vivo uma encenação de “Os Médicos e os Monstros” com a participação especialíssima do Mr. Wong que habita os labirintos do cérebro da maioria dos brasileiros com direito a transmissão por televisão.

Enquanto escrevia este artigo perdi a noção do tempo.

Lá fora a noite “caiu” sem emitir nenhum ai.

Olho para meu pulso esquerdo para ver as horas e lá está o velho relógio Ômega sem luxo, mas honesto em seu dever de marcar as horas, comprado por meu pai na Suíça. Seu coração batendo perfeitamente em sincronia com cada segundo invisível que passa, sobreviveu a meu pai e muito provavelmente sobreviverá a mim (os ladrões só gostam de Rolex), como na poesia de Quintana, o que encantava meu pai, era a simplicidade muitas vezes intrincada em seu interior que dispensa adornos exteriores.

Ficará talvez para meu filho que o esquecerá em uma gaveta para a eternidade, já que jovens não usam mais relógios, os telefones de hoje fazem tudo. Penso que seria importante alguém desenvolver um aplicativo para falarmos com o além.

Seria muito bom para matar a saudade de meus queridos velhos e pedir-lhes alguns conselhos, também para falar com amigos que se foram sem a delicadeza de se despedir. dos quais sinto falta para discutir o bizarro espetáculo que estamos sendo obrigados a assistir pela inanição de quem deveria ter posto um fim na paródia já há muito tempo.

Por último, um conselho de Mr. Wong o contador de carecas: Sentindo-se mal procure um jornalista ou político, eles entendem tudo de medicina, esqueça os médicos, eles são bons mesmo é para espalhar fofocas, para defender nossa democracia e a lei conte sempre com a sabedoria e justiça dos “Iluministros” do Supremo e com os Generais estrelados que se rebelam contra decisões do Chefe Supremo das Forças Armadas.        

Como com propriedade diria Asterix: - Não temos nada a temer a não ser que o céu nos caia sobre a cabeça, o que “pelo andar da carruagem” pode até vir a acontecer.