A pequena loja dos horrores e o STF
Por H. James kutscka
No maravilhoso musical de 1986 “The Little Shop Of Horrors”
o talentoso diretor inglês Frank Oz nos mostra de maneira hilária, como um
inocente funcionário de uma floricultura à beira da falência em um bairro pobre
de uma cidade, se apodera durante um eclipse de um bulbo de uma planta vinda do
espaço.
A planta estranha batizada de
Audrey II em homenagem à garota pela qual é apaixonado posta na vitrine, vira
atração em toda cidade. Os negócios prosperam até ela começar a morrer. Seymour
(esse é o nome do personagem interpretado por Rick Moranis) descobre
incidentalmente que ela precisa se alimentar de sangue para seguir viva e
viçosa.
Ele começa alimentando-a com o sangue de pequenos roedores
e não vou contar mais nada para não estragar a diversão de quem por ventura
resolver procurar o filme para vê-lo.
Adianto que vale a pena, Frank Oz além de diretor é um dos
produtores e diretor de Vila Sésamo e do Muppets Show.
A direção, as músicas e coreografias são espetaculares, mas
porque estou falando disso?
Explico: Existe um antigo ditado que diz: De boas intenções
o inferno está cheio.
Será que os atuais defensores do povo, da verdade e da
democracia em nosso país, os onze deuses instalados no que não chega ser um
Olimpo pois não passa de um planalto, que usam e abusam de seus poderes para
prender e calar quem não reza por suas cartilhas estão como Audrey II, enquanto
aparentam defender nossa saúde, democracia e nossos direitos estão é na verdade
se alimentando de nosso sangue?
Centenas de milhares de mortes pelo” flango flito” poderiam
ter sido evitadas, caso não tivessem soberanamente decidido passar o comando da
crise para seus adestrados governadores, que na abstinência de dinheiro da
corrupção aproveitaram a crise para encher as “burras” com o dinheiro Federal!
De maneira inversa à planta do filme que crescia
exponencialmente enquanto se alimentava, eles diminuem! O que era um Supremo tribunal
Federal, hoje às vistas do povo se torna o Desprezível Tribunal Federal.
Diferente do filme, assistimos a uma peça teatral de mau
gosto representada por onze canastrões, onde o cenário e o vestuário tentam
disfarçar um roteiro medíocre, quando não subversivo, onde atores e
coadjuvantes subvertem o texto para servir a seus objetivos inconfessáveis e de
seus apaniguados, sob os aplausos de uma claque política encarregada de manobrar
o auditório como em um estúdio de gravação de comédias de costumes.
A imprensa mesmerizada com a possiblidade de voltar a nadar
de braçada com o dinheiro público, repercute os falsos aplausos e segue
mentindo que a peça é um arrasa quarteirão e trata os atores como divas de
toga.
Parece que ninguém está vendo o perigo, então só para
lembrar em ordem temporal o final das últimas divas que frequentaram o palco e duvidaram
que, todo poder emana do povo seja na democracia seja em qualquer tipo de
regime.
Em 28 de abril de 1945, Benito Mussolini e Clara Petacci
depois de deitarem e rolarem em Roma, fugiram para o norte da Itália e foram
pegos e mortos por “partisans” no
vilarejo de Giulino de Mezzagra perto de Milão para onde seus corpos foram
levados e expostos, pendurados de cabeça para baixo em uma praça para a execração pública, onde foram
urinados e apedrejados pela população..
Adolf Hitler e a amante com quem havia se casado no dia
anterior Eva Braun, suicidaram-se no dia 30 de abril de 1945 em Berlim.
Ele com um tiro na têmpora ou na boca (os relatos são
inexatos) e ela com cianeto.
1945 estava se mostrando um péssimo ano para ditadores, mas
ainda não tinham aprendido a não abusar do povo.
Em 25 de dezembro de 1989, os romenos depois de muitos anos
tiveram um feliz Natal, Nicolae Ceausescu e sua mulher Elena foram levados à
corte marcial, sumariamente julgados e executados no mesmo dia por um pelotão
de fuzilamento composto por soldados do corpo de paraquedistas do exército
comandados por Victor Stanculescu que para honrar o ditado de que “quem tem c.
tem medo” só no nome tinha dois, não hesitou um segundo.
Elena morreu xingando o pelotão de fuzilamento de filhos da
puta e Nicolae cantando a Internacional Comunista. Pura poesia.
Em treze de dezembro de 2005, Saddam Husseim foi
desentocado como uma toupeira de um buraco em um casebre nas cercanias de Ticrite
(sua cidade natal). Identificou-se a seus captores como presidente do Iraque, com
quem tentou negociar sua soltura com uma maleta contendo U$ 750,000.00.
Foi enforcado em Bagdad em 30 de dezembro. Cenas gravadas
com celulares mostram que durante o enforcamento, foi humilhado pelos presentes
com todo tipo de insultos.
Às 8:30 da manhã de 20 de outubro de 2011, um comboio de
aproximadamente setenta e cinco carros deixou Trípoli fugindo da revolta
popular, em um deles ia Muammar al- Gaddafi e um de seus filhos Mutassim.
O comboio sofreu um ataque aéreo e o carro em que iam foi
atingido, o ditador que escapou com ferimentos em uma das pernas, tentou
refugiar-se em um tubo de esgoto onde foi aprisionado e linchado. Da merda para
a merda.
O que facilmente se pode deduzir de tudo isso é que: quando um povo se cansa da tirania
opressora de quem detém o poder e se levanta, seja com o apoio de um exército regular,
seja com as próprias mãos, não é um espetáculo bonito de se ver.
Dia sete de setembro nosso povo irá ordeira e pacificamente
às ruas pedir de maneira civilizada o fechamento da lojinha dos horrores e a compostura
das divas.
Será a última vez que assim pediremos.
Quem avisa amigo é.