sábado, 31 de julho de 2021

 



Enquanto isso na Gotham City do Planalto...

 

Por: H. James Kutscka

 

Imagino que quase todo mundo conheça a expressão “abriram a caixa de Pandora”, mas pouca gente conhece mais além do fato, de que tal caixa continha todos os males do mundo, e que em sendo aberta seriam libertados sem que pudessem jamais serem presos.

A história é complicada, mas vou tentar simplifica-la

Segundo a mitologia grega, havia dois Titãs (filhos como outros dez de Urano e Gaia, ancestrais dos deuses Olímpicos) chamados Prometheus  (o que olhava para o futuro) e Epimeteu(o que olhava para o passado) que foram ordenados por Zeus de criar os animais e lhes conceder qualidades como: fortes garras, asas e velocidade entre outros.

O homem teria sido o último animal a ser criado e como não havia sobrado mais poderes para que algum lhe fosse concedido, Prometheus lhe entregou o domínio sobre o fogo, o seu dom de olhar para o futuro e o de andar sobre as duas pernas como os deuses.

Ao saber disso Hefestos ficou furioso, pois o fogo era sua praia e de mais ninguém (para quem não sabe Hefestos em Roma atendia pelo nome de Vulcano).

Esse então como castigo, mandou amarrar Prometheus a uma pedra onde todos os dias teria seu fígado comido por abutres. O fígado se regeneraria durante à noite para ser comido novamente no dia seguinte. Não era fácil ser um deus na Grécia antiga.

Mas Prometheus não sofreu o castigo em sua integra, em algum momento entre um e outro de seus doze trabalhos, Hércules o salvou de sua sina eterna o que nos mostra que não existe mal que nunca acabe.

Já Epimeteu que era o que olhava para o passado e havia feito apenas o que lhe fora ordenado, foi agraciado com uma linda mulher criada pelos deuses, Pandora (o nome grego significa portadora de todas as virtudes), para ser sua esposa. Ela trazia consigo um jarro de presente que nunca deveria ser aberto.

Com o passar dos séculos, o jarro acabou virando “caixa de Pandora” e o que aconteceu todos sabemos, Pandora não resistiu à curiosidade e o abriu libertando o seu conteúdo: todos os males do mundo.

Ao ver a “M....“ que havia feito, Pandora assustada voltou rapidamente  a tampar o jarro, ou fechar a caixa (os queridos leitores podem escolher) encerrando dentro o que estava no fundo, a esperança.

Entendido isso meus prezados leitores, poderíamos pensar não haver mais esperança, ou que essa ainda existe guardada no fundo da jarra (caixa) bastando para resgatá-la somente romper o artefato que a aprisiona.

Aqui cabe um lembrete de “cortina” entre a mitologia Grega e os dias atuais: Segundo Nietzsche em sua obra “Humano, demasiado humano” a esperança é o pior dos males pois prolonga o sofrimento dos homens.  Não levem em consideração, era apenas Nietzsche sendo Nietzsche!

A dramaticidade da mitologia grega com seus deuses “boderline” hora heróis, hora vilões, foi substituída hoje em dia na imaginação popular pelas histórias em quadrinhos, onde super heróis, verdadeiros deuses, enfrentam vilões, verdadeiros demônios, para a alegria da indústria cinematográfica que arrecada milhões com filmes baseados em seus roteiros e nos ajudam a ver a realidade que nos cerca com outros olhos.

Nesse contexto nossa capital do país pode ser vista como a Gotham City do planalto, nela habitam vilões como o “Urna de Veludo” cujo poder é o de trambicar eleições a serviço do ladrão “Nove Dedos”, esquecendo de propósito que eleições tem que ser como a mulher de César, que além de ser honesta deve parecer honesta.

O “Urubu Careca”, com o poder de acusar, julgar e condenar qualquer um por crime de opinião e muitos mais que somente ocuparia espaço mencionar.

Resta-nos o consolo de que parece que como na Gotham original, aparentemente existe um justiceiro punindo nossos bandidos na surdina.

O primeiro foi Bob Jeff metido no mensalão (hoje meu malvado favorito) que da noite para o dia apareceu com um olho roxo culpando uma indefesa porta de armário pelo acontecido, o segundo a aparecer “out of the blue” todo arrebentado foi um urubu que talvez por gostar do “Tico Tico No Fubá”  é conhecido pela alcunha de “Carmem Miranda”.

O terceiro, muito falador, conhecido como o “Urubu amigo do amigo de meu pai” apareceu de repente como se tivesse levado uma cadeirada no meio da cara em uma briga de bar e “silenciou o faixo”.

A quarta vítima foi a “Mulher Porco” vulgo “Peppa”, rainha da traição e da baixaria que também sem explicação plausível surgiu sem histórias convincentes com a cara arrebentada.

O desespero começa a tomar conta dos vilões induzindo-os ao erro.

O “Homem Azia” da CPI está com refluxo.

A “Gazela do Amapá’’ está surtando e esgotando seu estoque de sais aromáticos.

Nesse domingo nós, o povo, vamos mostrar nas ruas de onde emana todo poder da República, vamos libertar a esperança.

Nenhum vilão ou quadrilha nos impedirá de ter os votos auditáveis nas próximas eleições!

sábado, 24 de julho de 2021

 



Alerta de distopia!

 

Por H. James Kutscka

 

Devo ser burro, pois apesar de conhecer a célebre frase de Nelson Rodrigues: - Não discuta com idiotas, eles são maioria e você inevitavelmente vai perder, continuo enfrentando a diário as hordas de retardados que nos cercam pela mídia.

O último ataque à nossa sanidade mental se deu para alegria imensa dos comunistas travestidos de progressistas, na transmissão do jogo de futebol feminino entre Japão e Holanda pelas Olimpíadas de Tóquio, quando a narradora da Sport TV se referiu a “coisa“ Quinn sendo substituída, (pois ela não se identifica com nenhum gênero) como “Elu”, pronome inventado o qual foi prontamente  adotado na sequência, pelo antenado comentarista que a acompanhava na transmissão.

Aqui vai um aviso aos idiotas de plantão que muito provavelmente não será lido, pois esse tipo de pessoas não lê meus artigos: a língua portuguesa é neutra, não é binária, quando vertida do latim todo neutro vira masculino, qualquer outra forma de interpretação denota burrice,

Dizer que a língua portuguesa é opressora como desculpa para mudar pronomes aumentando assim a inclusão social, é somente mais um ataque dos progressistas para começar dominando como falamos, depois como pensamos e finalmente como agimos. 

Sinal dos tempos? Não, a tentativa de domínio do pensamento humano já era antecipado pelo escritor russo o Evguény  Zamiatin em um livro  publicado em 1924 chamado originalmente de “ Nós”, o qual foi proibido na  Rússia e posteriormente republicado na França.

Zamiatin, engenheiro náutico em São Petersburgo, apreciador das obras do britânico H. G. Wells e do norte americano Jack London (ambos mestres da ficção científica) os traduziu e publicou em sua língua natal  antes de escrever sua obra maior pela qual foi banido devido às críticas ao regime,  levando-o a exilar-se  em Paris.

O curioso é que a princípio apoiou a revolução Bolchevique de outubro de 1917, aparentemente levou sete anos para cair a ficha; essa foi a edição que chegou em minhas mãos em 1963 com o nome pouco expressivo de “A Muralha Verde” na qual se atrevia a antecipar tudo que estava por vir com o comunismo, de forma tão dramática que inspirou  George Orwell (1984) , Aldous Huxley ( Admirável Mundo Novo) e mais tarde George Lucas que escreveu e dirigiu THX1138

Em seu livro retratava uma sociedade igualitária, sobrevivente de uma grande guerra mundial dominada por um poder central no Estado Uno, que para o bem de todos suprimira a individualidade.

Lá pessoas moravam sozinhas em quartos de vidro, as relações sexuais eram marcadas pelo governo que durante o ato escurecia o vidro do quarto para criar uma privacidade momentânea, todos vestiam os mesmos uniformes cinzas. O amor estava proibido

Quanto à alma, esta havia sido revogada junto com a religião.

No excelente THX, Lucas acrescentou as cabeças raspadas para não ofender aos carecas.

Para quem teve a oportunidade de ler os três livros e ver os filmes (1984, Admirável Mundo Novo e THX1138) fica evidente que Orwell, Huxley e Lucas beberam na mesma fonte russa.

Ambos descreveram uma sociedade onde deixa de existir o indivíduo e passa a existir o “dividuum” ou dividualidade, como formulou o jornalista e filósofo Ghunter Anders que por mera coincidência era casado com Hannah Arendt, autora do conceito da “banalidade do mal”, criado na sua obra “As origens do totalitarismo”.

Em todo caso Zamiatin, aparentemente está prestes a ser reconhecido por ter sido o primeiro a gritar: - Lobo!!

Avisando da presença de um lobo real.

Uma super produção do cinema russo, dirigida por Hamlet Dulian está prestes a ser lançada, assim, aqueles que não leem, poderão ver o que os espera em uma confortável sala de cinema comendo pipoca enquanto ainda podem.

O que ONGs e movimentos de inclusão social absurdos estão fazendo financiadas pelos integrantes da NOM, é tratar de acabar com o indivíduo não apenas como parte da sociedade, mas como ser vivente livre e pensante.

Querem diminuir a população mundial e escravizar o restante, para isso usarão de todos os meios inclusive as picadas no braço que alegam ser para salvar sua vida.

Estamos sendo avisados há quase cem anos.

Fique esperto, o carbono que tanto querem eliminar é você.

 

sábado, 17 de julho de 2021

 



Destellones o Alumbrones

 

Por H. James Kutscka 

 

Com um humor somente possível a alguém que escapou do nefasto regime cubano e vive já há muitos anos no “inferno capitalista”, um amigo uma vez me disse:

- Em Cuba no hay apagones, hay alumbrones!

A falta de luz na ilha é uma realidade constante como na Coréia do Norte.

Vista do espaço, Cuba se confunde com a escuridão da noite de onde de vez em quando sai um “destello” que dura alguns segundos como um flash disparado da superfície do planeta.

Raras vezes o “alumbron” dura por alguns minutos mostrando durante a noite que existe uma ilha habitada acima da Jamaica na entrada do Golfo do México, onde depois das luzes de Cancún é só escuridão até a Republica Dominicana e Porto Rico (o Haiti se confunde com a Republica Dominicana pois está na mesma ilha na parte mais escura).

A iluminação (em todos os sentidos possíveis da palavra) no entanto, é apenas parte do problema, falta de tudo na ilha da fantasia dos Castro: alimentos, hospitais e principalmente o mais precioso dos bens: liberdade.

Pois bem, parece que a paciência do povo finalmente esgotou.

Cuba está em ebulição, o que nos leva à curiosa conclusão de que: a capacidade do saco do ser humano aguentar  humilhação  quando exposto a regimes ditos socialistas, comunistas ou progressistas é de aproximadamente três gerações, ou qualquer coisa entre sessenta e setenta anos, isso levando-se em consideração o acontecido na extinta Uniâo das Republicas Socialistas Soviéticas e China.

Quem está nas ruas em Cuba de saco cheio são os jovens, até mesmo porque as pessoas que por um ou outro motivo se submeteram ao regime por seis décadas, ou já morreram ou estão em vias de, justamente na ilha da propalada medicina milagrosa de onde o Brasil progressista importava médicos.

Enquanto isso, em Brasília, em frente à embaixada de Cuba, PT, MST, PSOL, PC do B e outros iluminados pertencentes à ‘turma do ódio do bem” com bandeiras e cartazes de apoio ao ditador cubano de plantão Miguel Diaz-Canel (que sentou no pepino enquanto Raul Castro e outros nomes da alta “Nomenklatura caribeña”. se escafediam para a Venezuela ou Espanha, ainda não se sabe com certeza) se posicionavam alegremente contra a revolta dos cubanos de barriga vazia e saco cheio na suspeita ilha dos prazeres de alguns supremos urubus, segundo vídeos supostamente em poder do chantagista “Daniel” (aquele que ameaça voltar ao poder não necessariamente através de eleições).

Recente pesquisa na Inglaterra mostra que dois terços da juventude britânica apoia o socialismo, nome mais palatável “ pour la même merde”  (em francês  porque meus leitores já sabem...).

Creio eu se fizéssemos uma pesquisa por aqui o resultado seria muito parecido

Fernando Henrique “o seboso” trouxe para o alegre Patropi  a doutrina de Gramsci , plantou a semente do mal em nosso ensino com apoio da cartilha de Paulo Freire e toda uma legião de professores “progressistas” servis,  regou diligentemente durante décadas para hoje colher os frutos:  Uma juventude imbecilizada  que pelos exemplos que vemos, necessitará de pelo menos sessenta anos  de atraso, fome, doenças, mortes  e repressão para cair na real.

Antes de mais nada devemos conceituar a palavra conservador que a maioria ignara entende como um ser retrógrado. 

O conceito de conservador muito bem o define Dr Antônio José Ribas Paiva:

Conservador é o cavaleiro do futuro, aquele que tal um Cruzado, preserva a obra da humanidade para viver bem no presente enquanto constrói bases sólidas para o futuro. Entendendo isso, cabe a nós unirmo-nos para resistir à tentativa incansável da esquerda em nos escravizar e preservarmos nossa liberdade agora, ou começarmos a aprender a fazer velas pois a escuridão virá a galope, até porque gasolina para vir de carro não haverá.

Por falar em gasolina, circulam rumores que tropas cubanas lotadas na Venezuela para garantir Maduro, (que há muito está maduro) estariam voltando para Cuba para ajudar na repressão.

Chévere! (os venezuelanos me entenderão).

Chegou a hora do povo venezuelano se levantar e provar que não é preciso mais de meio século de tortura para descobrir que o rei está nu.

sábado, 10 de julho de 2021











Só a Sísifo cabe não sífu!

 

Por: H. James Kutscka

 

Os gregos eram excelentes contadores de histórias e criadores de mitos.

Na semana que passou, assisti a Alexandre Garcia no seu programa do You Tube “de Brasília” comparar as incessantes e insanas tentativas da CPI circense de seja como for inculpar Bolsonaro em algum episódio espúrio relativo à “fraudemia” que possa colocá-lo como agente das mortes causadas pelo “organismo acelular proveniente daquele laboratório no oriente” a palavra  com “v” assim como o nome do país  do qual é proveniente não pode ser mais usada na nova liberdade de opinião, pois poderia ofender o embaixador de tal país e esse texto seria expurgado das redes.

Alexandre (o Garcia é claro), brilhantemente nos recordou da fábula de Esopo “O lobo e o cordeiro” onde um cordeiro que bebia água rio abaixo em uma colina é interpelado pelo lobo que vinha beber rio acima.

O lobo alegava que o cordeiro estaria sujando sua água e por mais que o cordeiro explicasse o “nonsense” da acusação, o lobo sempre encontrava uma maneira de pôr-lhe algum tipo de culpa, de forma a que ele tivesse de aceitar uma imputação inexistente pela qual o castigo seria ser devorado pelo acusador.

O exemplo foi perfeito e como através de parábolas e analogias (já as utilizava Jesus Cristo) parece que o povo entende melhor, me dei o direito de utilizar um mito grego para repetir o mesmo que já havia esclarecido Garcia, quem sabe assim, batendo na mesma tecla incansavelmente, possamos deixar visível a farsa.

Para aqueles que nunca ouviram falar dele, permitam-me apresenta-lo: Sísifo.

Segundo a mitologia grega, Sísifo era filho do rei Eolo da Tessália considerado mestre da malícia e da felicidade que acabou entrando para a história, pelos deuses terem se sentido ofendidos por ele (qualquer semelhança com um atual governante cujos atuais Supremos Deuses se considerem ofendidos por seus atos terá sido mera coincidência).

Pois bem, incomodado por suas atitudes, Zeus teria mandado Tânatos (a morte) busca-lo, porém Sísifo ao se deparar com ela, passou a elogiar sua beleza e presenteou-a com um colar que na verdade era uma coleira com a qual a dominou e durante um longo tempo ninguém mais morreu.

Essa ausência de mortes irritou Hades (o deus do pós-vida) que parou de receber mortos para aumentar seu reinado e Ares (o deus da guerra) que evidentemente precisava causar mortes para atingir seus objetivos.

Hades então libertou Tânatos que matou Sísifo, mas como ele havia avisado sua mulher para não enterrar seu corpo, por algum tipo de magia mítica, escapou novamente das garras da morte.

A quem interessar possa: Sísifu acabou morrendo de velho.

Já com sua alma no Tártaro, domínio incontestável de Hades, foi condenado a rolar uma enorme pedra de mármore pela encosta de uma montanha até seu cume, sendo que sempre que estava prestes a alcançá-lo, a pedra rolava costa abaixo, e assim o castigo deveria seguir por toda eternidade.  

Cabe ao querido leitor ou leitora notar as coincidências com o que se passa atualmente em Pindorama.

O homem escapou da morte, foi eleito e vem arrastando pedra morro acima a quase dois anos e meio. Segundo seu vice presidente em recente entrevista, partidos da oposição (leia-se esquerda) entraram no STF com 83 ações contra decisões do Governo Federal ou do Congresso tratando de fazer a pedra voltar ao sopé da montanha.

A maioria dos deuses conspira contra o voto auditável nas mágicas urnas venezuelanas.

Nesse ponto cabe cinco recados desse humilde escriba ao nosso Sísifo favorito:

Primeiro: O altar dos atuais deuses que o tentam escravizar é de barro, são cupinchas dos saqueadores do templo. Em vez de ficar rolando inutilmente essa pedra em obediência a um código de leis criado em 1988 por “santos do pau ôco” para ser usado em benefício próprio, use-a de forma mais prática e faça um “strike” divino na Corte

Segundo: Nenhum Deus verdadeiro parece estar com disposição de acabar com seus inimigos. Somos somente nós e o senhor, quanto mais demoramos a tomar uma atitude mais eles, os inimigos, se fortalecem

Terceiro: O senhor foi por nós investido do cargo e do poder para acabar com a zona que se estabeleceu no país e já foi autorizado pelos que o elegeram para tanto. Tenha claro que o povo não aceita a atual usurpação do poder ao senhor entregue. 

Quarto: Utilizando as sabias palavras de D. João VI:- Põe a coroa sobre tua cabeça antes que um aventureiro o faça.

Quinto: Acredite, somente Sísifo pode evitar de sífu.


sábado, 3 de julho de 2021

 












Método Romanov

Por: H. James Kutscka

 

Antes de mais nada devo declarar que não nutro nenhuma espécie de admiração por títulos monárquicos. Em se tratando de reis e rainhas, somente reconheço com algum respeito os do baralho, ainda assim quando se juntam em uma mão de pôquer, em qualquer outra ocasião sou republicano, embora reconheça os sofismas inerentes ao sistema. 

Entretanto nesse artigo, devo me referir a acontecimentos ligados à realeza ocorridos aproximadamente às 2:30 h da madrugada de 17 de julho de 1918 em Ekaterinburg na região oriental dos Urais na Rússia.

Nicolau II que menos de um mês após a revolução de fevereiro de 1917, abdicara do trono em favor de seu irmão o grão duque Miguel Romanov (que espertamente agradeceu e declinou da honra) era um problema  para  os bolcheviques liderados por Lenin,  que em outubro do mesmo ano, tomaram definitivamente o poder e mantinham ele, sua família e alguns serviçais mais fiéis que os acompanharam em cativeiro

O ex Czar e sua família eram uma pedra no sapato diplomático do novo governo que prometia leva-los a um julgamento público ou autorizar sua saída da Rússia caso algum país se dispusesse a dar-lhes abrigo.

Diante da indiferença de seus parentes de sangue azul na Alemanha e Inglaterra, que se faziam de desentendidos ao receber pedidos de asilo e de diplomatas pisando em ovos por conta das alianças forjadas pelas necessidades impostas pela Primeira Guerra Mundial em curso,  os sete componentes da família  e agregados, eram levados  escondidos de um lado para outro da Rússia, como uma  verdade inconveniente.

A peregrinação acabou quase um ano depois, com a ordem (nunca direta), de Lenin através de seu cupincha Alexander Belobodarov transmitida por telegrama de Moscou com a palavra código: “aniquilação”.

Desse momento em diante, no melhor estilo da esquerda, a chacina começou a ser “organizada” pelo responsável pelos prisioneiros da Casa Ipatiev em Ekatarinburg, o agente da polícia secreta bolchevique (Cheka) Iakov Mikhailovich Yurovsky.

Ele escolheu onze homens para executarem a ordem de Lenim, um para cada prisioneiro: os sete da família real e mais quatro acompanhantes, entre eles o Dr. Ievguéni Botkin que tratava da Czarina Alexandra e do czarévitch Alexei.  

Levados a uma sala no porão da casa Ipatiev medindo 7,5m por 6,5 m com teto abobadado (que teoricamente abafaria o som dos tiros) com a desculpa de que com o avanço das tropas Tchecoslovacas que estavam já às portas da cidade, seriam realocados para um lugar mais  seguro, foram sem nenhuma resistência, levando seus poucos pertences e algumas joias costuradas no forro de suas roupas o que em alguns casos acabou funcionando como colete à prova de balas, que não salvou ninguém apenas prolongou o sofrimento.

Quando todos estavam dentro da sala sem janelas, Yurovsky com seus comandados ocupou a única saída, adiantou-se para ficar cara a cara com Nicolau e leu a seguinte nota:

“Em vista do fato de que seus parentes europeus continuam a atacar a Rússia Soviética a diretoria do Soviete Regional dos Urais, decidiu que vocês devem ser mortos”...

Espantado com o fato inesperado, Nicolau teria dito:  - Não estou entendendo, leia de novo.

Sem lhe dar atenção, Yurovsky prosseguiu com o teatro: ... “em razão do fato de os tchecoslovacos estarem ameaçando a Capital Vermelha nos Montes Urais – Ekatarinburg- e porque o “carrasco coroado” (se referia a Nicolau II) talvez escape da Corte do Povo, a diretoria do Soviete Regional atendendo à vontade da Revolução, decretou que o Czar Nicolau Romanov culpado de incontáveis crimes sangrentos contra o povo, deve ser morto”

Deu um passo à frente e disparou um tiro a queima roupa no peito de Nicolau o que provocou um frenesi de disparos no pequeno ambiente.

Mais de setenta tiros foram disparados na ânsia de mostrar serviço, pelos sete comandados de Yurosvsky (já que quatro à ultima hora desistiram de participar do massacre).  Como sete das armas eram “Nagant” de fabricação Belga com munição à base de pólvora negra, desde os primeiros disparos o recinto se enchera de fumaça fazendo com que os assassinos disparassem a esmo sem ver seus alvos o que fez com que algumas das vítimas da barbárie no final do tiroteio, ainda estivessem vivas se contorcendo no chão banhado de sangue, fezes e urina.

Essas passaram a ser executadas com baionetas retiradas de fuzis dos guardas que faziam a segurança da casa.

Os corpos  convenientemente vestidos com uniformes russos e levados por um caminhão a uma floresta próxima, seriam posteriormente dissolvidos em ácido e queimados para que não restasse nenhum vestígio da covarde execução.

As quatro meninas, o garoto hemofílico de apenas quatorze anos, junto com quatro servidores leais, foram apenas algumas das vítimas de um sistema brutal e de poder que se instalava no país e que desde então até os dias de hoje, fez mais de cem milhões de vítimas ao redor do mundo em países que embarcaram na utopia de Lenin, Marx, Trotski e Stalin.

Como disse no princípio, não tenho nenhum rei ou rainha de estimação, mas apenas citei esse fato histórico para mostrar como a esquerda resolve seus problemas políticos.

As vítimas não tiveram nem o direito a uma execução decente.

O que chamo de método Romanov e descrevi acima é o ”modus operandi” da esquerda, visto aqui em um de seus momentos icônicos e utilizado até hoje.

Que sirva de lição aos nossos governantes que estão deixando a ignorância correr solta em nosso país, onde verdadeiros escroques ditam leis e ameaçam inocentes de prisão.

Nossas instituições que deveriam ser independentes, estão  sendo invadidas por um poder que se diz supremo e que não emana do povo.

Os conservadores com seus pudores e respeito às instituições, estão como os Romanov, sendo cozidos já a um ano e meio em banho maria, logo estaremos sendo levados ao porão para o abate.

A ignorância e brutalidade somente respeitam a força bruta.

Quando as palavras caem no vazio e deixam de ser ouvidas, toca à pólvora dar o recado.

Cabe a nós tirar a “batina” e reagir à altura da ameaça enquanto é tempo.

Aguardamos suas ordens Sr. Presidente.