Tolerância Zero
Por: H. James Kutscka
Sabe quando você vai a um hospital fazer algum exame de
rotina e te pedem para tirar a roupa e vestir um daqueles trajes hospitalares
azuis (ou verdes) que vem com uma bata que tem quatro cordões em locais
insólitos, indecifráveis, e você sempre teve de pedir a um enfermeiro que te
explicasse qual com qual deveria ser atado?
Pois bem, na ultima quinta feira fui fazer uma densitometria
óssea e vesti a trapizonga (no caso azul) com desenvoltura, dando-me
imediatamente conta de que aquele era sem dúvida mais um sinal de idade
avançada. Afinal já a havia vestido
tantas vezes que finalmente, por mais ridículo que fosse o sistema de
fechamento daquela coisa, havia aprendido.
Um conhecimento que me deixou bastante desapontado comigo
mesmo.
Outro sinal da idade é a intolerância à burrice.
Não a burrice amadora, mas aquela “summa cum laude”, a
burrice orgulhosa, aquela que já levou um asno ao mais alto cargo de nosso país
e que graças a outros asnos, volta a concorrer ao cargo apoiado por um grupelho
de mulas mais espertinhas, (desde já pedindo desculpas as mulas de quatro patas
que são animais de respeito e trabalhadores
que por sua docilidade são frequentemente abusados por seus donos) que descobriram
que colocar o burro mais ignorante para liderar a tropa, era ótimo para os
negócios.
Em mais um capítulo ridículo do golpe em andamento para
evitar a reeleição do capitão, entusiasmados se reuniram para assinar uma carta
em defesa das urnas fraudáveis.
Pode?
Aqueles pertencentes ao ramo bancário, somente com o
advento do PIX, amargaram uma perda de 2,7 bilhões em taxas cobradas sobre
movimentações financeiras.
Ojeriza à verborragia do “juridiquês” de ministros
submissos a quem lhes deu vida fácil, tentando justificar a um povo embasbacado
com malabarismos linguísticos o injustificável, é outro sinal de que o tempo
está se esgotando.
Sentir aflorar um instinto primitivo, beirando o irracional,
ao ver um desses animais privilegiados, usando de fala mansa, ir mentir sobre
nossas instituições em Oxford é somente mais outro sinal.
Ter consciência plena de ter ouvido nos últimos dois anos e
meio, néscios defecarem regras “$ientíficas” por todos os meios de comunicação
do país, sobre uma vacina experimental sem nenhuma comprovação de eficácia que
rendeu bilhões de dólares a laboratórios que nunca se responsabilizaram por
danos colaterais do produto, também isso é fruto de experiências passadas, como
da Talidomida usada durante a gravidez por exemplo.
Dar-se conta das limitações de ir e vir, de adentrar a repartições
públicas, de exercer suas funções em algumas empresas privadas ou de entrar em
alguns museus vigentes até hoje impostas a aqueles que mais esclarecidos se
recusaram a servir de cobaias para as “big pharma”, é intolerável.
Perceber claramente que quando você trata os que, utilizando-se
-se de adjetivos ofensivos o tratam como imbecil, da mesma forma que eles te
tratam, você perde amizades, sofre cancelamento em plataformas sociais e é
ainda por cima, corre o risco de algum ”iluministro” mandar te prender por entender que você representa um risco à
democracia.
E o que é pior, se dá conta de que a PF (a bem da verdade,
não toda, mas a guarda pretoriana do “iluministro” em questão) executa essa
prisão ilegal sem titubear e quem podia fazer algo a respeito, não faz
absolutamente nada.
Os mais jovens e tolerantes que porventura lerem esse
artigo, podem pensar que essas não passam de reclamações de um septuagenário
senil e rabugento que como o típico pregador alucinado que podemos encontrar no
centro de toda grande cidade, grita para uma multidão alheada que o fim está
próximo.
Pois bem, corro o risco de baseado nos fatos e isento de
paixões políticas ou religiosas, vaticinar que felizmente no caso dos aqui
referidos muares de duas patas, o fim está realmente próximo, três meses no
máximo.
Como no meu caso, a tolerância da maioria de nosso povo com
a injustiça, corrupção, ignorância, insegurança e politicagem, acabou.