sábado, 27 de agosto de 2022

 


Sobre o touro, a tourada e o toureiro.

Por H. James Kutscka

 

Espanhóis, ah os espanhóis!

Lembro da história do naufrago de uma nau espanhola que quase à beira da morte, tendo sido encontrado em uma praia por um habitante de uma ilha desconhecida lhe pergunta: - En esa tierra hay gobierno?

Ao receber a resposta de que sim, imediatamente quase sem folego responde: - Entonces yo soy contra!

Espanhóis são por natureza polêmicos, questionadores, turrentos (que me perdoem meus amigos espanhóis, mas como muito bem se expressa o grande cantor catalão Juan Manuel Serrat, nas palavras do grande poeta Antonio Machado: “ nunca es triste la verdade, lo que no tiene es remédio)

O esporte nacional deles é de uma violência ímpar, a tourada.

E houve até mesmo quem as defendesse até fora do país.

Ernest Hemingway por exemplo, que se vangloriava de ter assistido mais de mil e quinhentas delas e sobre a experiência teria declarado: “A praça de touros é o único lugar onde se pode ver a morte violenta agora que as guerras acabaram, queria muito ir a Espanha onde pudesse estudá-la. Estava tentando aprender a escrever, começando com as coisas mais simples, e uma das coisas mais simples de todas e a mais fundamental é a morte violenta”.

Sobre o toureiro e os aficionados escreveu: “O matador deve ter um gozo espiritual do momento de matar. Matar de forma limpa e de forma que lhe dê prazer estético e orgulho sempre foi um dos maiores prazeres da raça humana”, palavras do homem que de forma muito pouco estética, para dizer o mínimo, tirou a própria vida com um fuzil de caça.

O sol se punha de forma patética e deselegante para o autor de “O sol também se levanta”, livro onde deixa claro seu fascínio pelas touradas. 

Sobre o gênio dos espanhóis, e ainda sobre touradas, assunto do início deste artigo teria dito: “O aficionado não quer ver um bom matador morto, embora possa ser indiferente aos ferimentos de um mau matador, chegando mesmo a tentar atingi-lo com garrafas e outros objetos ao deixar a arena”.

Embora admire o escritor, não posso deixar de criticar seu gosto, pessoalmente não vejo nenhuma graça em um alfenim melindroso vestido com uma roupa justa cheia de lantejoulas que com uma capa vermelha, faz de bobo um animal magnífico previamente ferido por uma quadrilha de bandarilheiros, antes de matá-lo covardemente.

Espero que meus leitores me desculpem por toda essa longa introdução ao tema, mas é que diante dos últimos fatos foi inevitável a comparação.

Vou falar sobre o espetáculo covarde proporcionado na última segunda feira com nosso atual presidente como convidado, naquele canal de esgoto em que se transformou a Globo.

O que vi não foi uma entrevista, foi uma verdadeira tourada onde dois toureiros mambembes tentaram abater um touro previamente ferido por seus pares, a quadrilha das bandarilhas (e no contexto o nome vem mesmo a calhar) do consórcio da imprensa.

Na Espanha as touradas são protegidas pela constituição, consideradas patrimônio cultural. O que se viu aqui foi uma tentativa infame de massacre da reputação de um homem.

Quanto à nossa Constituição, ela tinha sido usada no banheiro do camarim dos repórteres para higienização de seus dutos excretores antes da entrevista.

Para alegria de quem como eu sempre achou as touradas uma covardia, desta vez vimos o touro sair do embate vivo e mais forte, enquanto os dois toureiros saíram feridos e enxovalhados nas redes socias.

Só faltou mesmo o “touro” cortar uma orelha de cada um dos embasbacados toureiros e atirar para a plateia.

Quem sabe (como se referiu Hemingway aos aficionados desiludidos com o toureiro) ainda os veremos nas ruas expostos à execração pública sendo atingidos por garrafas.  Garrafas pet levinhas, é claro, pois assim como não queremos que nada de mal aconteça ao touro, também não queremos que nenhum animal, mesmo que global se machuque.

Pensavam ser uma morte anunciada como as das “Plazas de Toros” e se deram mal, mas voltando a Hemingway, podemos agora responder “por quem os sinos dobram”, eles dobram pelos dois toureiros mequetrefes e pela emissora que os escalou para o espetáculo. 

O pretenso sangue na areia é apenas mais uma mentira da emissora, não passa de ketchup.

Já na quinta-feira da mesma semana não houve tourada, foi a vez do burro. Durante a entrevista os mesmos toureiros agora travestidos de repórteres, só faltaram abrir uma pinga para beber com o animal ladrão e cachaceiro, enquanto lhe passavam por baixo do olho da câmara, um papel com as respostas às perguntas.

O que se viu foi a natural empatia entre animais da mesma espécie.

Talvez o perdão de uma dívida bilionária da emissora para com o fisco tivesse aparecido na mesa de negociação antes do escárnio televisivo.

O caminho para o inferno com o aval do judiciário e da velha mídia nunca foi tão escancarado.

O futuro e a liberdade nesse país, mais do que nunca, depende de nós e das Forças Armadas, torçamos para que se necessário elas cumpram seu dever. 

Nesse país não sacrificamos touros para diversão da massa ignara.

sábado, 20 de agosto de 2022

 


Das liberdades pessoais e coletivas.

 

Por H. James Kutscka

 

Herbert Spencer, filósofo, biólogo e antropólogo Inglês natural de Derby (cidade localizada 207 quilômetros à leste de Londres) no início do século XIX saiu-se com essa: A liberdade de cada um termina onde começa a do outro.

Uma definição brilhante que estabelecia limites para algo que podia ser entendido como um território sem fronteiras, onde tudo seria permitido e aí um paradoxo, tão volátil que sua dissolução e transformação em tirania, somente dependeria de um indivíduo com o poder e a vontade de fazê-lo.

Uma explicação tão simples e ao mesmo tão genial que muitas vezes erroneamente, citei como sendo de Shakespeare (aqui me penitencio).

Em verdade, a semente da ideia encontramos, como em muitas ocasiões, na Bíblia: Tobias 4,15 “Não faças a ninguém o que não queres que te façam”.  Simples assim.

O tempo passou e os dez mandamentos, que no meu humilde entender poderiam ser resumidos em apenas um, o acima exposto, foram “aperfeiçoados” para transformar-se em uma Constituição que cobriria todos os aspectos possíveis e imagináveis dos direitos e deveres de um cidadão dentro de uma pretendida democracia.

Para tanto, se tomou o conceito de democracia dos gregos:  Democracia é o governo do povo pelo povo para o povo.

Estava bom para os gregos.

Como Tobias o fez, não com o intuito de diminuir a verborragia, mas talvez até involuntariamente de simplificar o entendimento. Da mesma forma vou me permitir usar de uma definição de meu amigo advogado Dr. Antônio José Ribas Paiva: Democracia é a segurança do direito.

Em uma democracia os direitos e deveres dos cidadãos estão especificados na constituição, a lei maior, e para garantir a inviolabilidade dessa Carta Magna, foi criado um Supremo Tribunal Federal a ser composto por onze cidadãos de notável saber jurídico.

Aí, é que como diria minha avó, que a porca torce o rabo.

Quando de “notável saber jurídico se trata”, dos onze componentes dessa deslumbrante seleção que atualmente tem seus nomes mais conhecidos que os da de futebol, apenas três foram juízes e desses apenas dois concursados. 

Pois bem, essas excelências garantiram a liberdade de um ladrão condenado em três instâncias, possível mandante de pelo menos dois assassinatos, para concorrer à presidência do país, limpando seus ilustres traseiros com a Constituição que deveriam guardar.

Enquanto isso na Nicarágua, Daniel Ortega o amigo do ladrão cachaceiro libertado, que com seu “poste” nomeou a grande maioria dos acima citados onze, declara o país: “estado sem Deus”, manda queimar igrejas e prender padres entre eles Monsenhor Rolando José Alvarez, crítico do regime. Não se trata de um ateu revoltado, mas de um tirano comunista a serviço da NOM. 

 Eu mesmo me considero um ateu agnóstico (ateu do grego “atheos”, sem deus e “agnosis” também do grego, conhecimento).

Ao contrário do que muitos pensam, ateus não são seres a serviço dos demônios, até porque também não acreditamos neles, mas acima de tudo, como qualquer ser consciente deveria fazer, defendemos a liberdade de as pessoas professarem a crença que as conforte que bem entenderem.

Se calarmos como o fizeram argentinos e chilenos quando queimaram suas igrejas porque no final das contas não foi aqui, em breve o será.

Já que temos uma Constituição e pagamos regiamente para que onze excelências evitem que ela seja desrespeitada, convém lembrar que no artigo quinto inciso IX da nossa Constituição Federal está escrito: É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independente de censura ou licença.

No mesmo artigo, no inciso V: É inviolável a liberdade de consciência e crença.

Sobre a censura que acontece diariamente nas redes sociais e até com representantes do povo no congresso, que tem sido em alguns casos até presos por ordem de um dos guardiões da Constituição, não preciso nem falar.   

Fui cancelado (sim esse mesmo escriba que semanalmente gasta seu latim de graça, tentando esclarecer um pouco do samba do crioulo doido em que se tornou esse país) pelo You Tube, acusado de divulgar “fake news” sobre as vacinas contra o vírus chinês em meu programa “Três Neurônios #354 em dita plataforma.  Meus comentários sempre foram baseados em grandes nomes da ciência execrados pelas “Big Pharmas” e “Big Techs” tanto nacionais como internacionais.

Mas afinal de contas quem são eles? Apenas alguns desconhecidos, um deles com prêmio Nobel.

O mesmo programa que causou o meu cancelamento da plataforma foi postado com outro nome na conta de um amigo e está, até o momento em que escrevo esse artigo, no ar.

Só posso deduzir que o problema é comigo e isso configuraria descriminação.

Embora dita plataforma estrangeira tenha suas regras e dentre elas está a de suprimir quem não lhes agrade, ela está no meu país, portanto lembro que, sujeita à nossa constituição, a qual garante meu direito à livre opinião.

Cadê minha liberdade?

Como muito bem se expressou Ain Rand em sua trilogia “A Revolta de Atlas”: “Há no mal uma obscenidade que contamina o observador. Há um limite para aquilo que é próprio de se ver. Não de deve pensar nisso, nem investigar isso, nem tentar entender suas causas”.

Pois saibam senhores: Eu penso, investigo e entendo perfeitamente suas causas.

O tempo, “se Deus quiser”, mostrará a verdade, mas se por acaso somente por acaso estiver ocupado demais para fazê-lo temos, sem ofensa a nenhum dos muitos deles, (deuses), como dever, tomar a responsabilidade em nossas mãos e fazê-lo a qualquer custo. 

sábado, 13 de agosto de 2022

 


Um “Big Bang” particular.

 

Por H. James Kutscka

 

Eu era nada, e como qualquer nada que se preze, nem mesmo tinha consciência de o ser, (nada quero dizer).

Então um microscópico espermatozoide, todo afoito e completamente irresponsável, sem nem mesmo saber o por que, colidiu com um óvulo (uma singularidade distraída e sem maiores pretensões) e...bang, células começaram a se multiplicar e expandir-se.

Nove meses de “forno” depois, embora ainda não cogitasse, “sunt”.

Então por puro acaso e sem consulta prévia, eis-me aqui. 

Um estranho em uma terra estranha, um universo feito de carne e ossos em constante expansão caminhando para um final inevitável desde o primeiro momento.

Dessa época, tenho a reportar a seja lá quem tenha sido o responsável pela missão, que os primeiros meses foram duros.

Ainda com quase nenhum controle sobre a matéria e total desconhecimento da língua, não houve comunicação nenhuma ou melhor, apenas choro.

Dor: choro. Fome: choro. Fralda lotada: mais choro.

Em um ou dois anos, fui sendo capaz de mais ou menos dominar a máquina. As primeiras palavras melhoraram substancialmente minha existência, principalmente o descobrimento fundamental da palavra mágica: não.

A expansão de meu universo particular continuou e os cinco anos a seguir conformarão um período equilibrado de diversão, prazer e dor. Então quando tudo parecia estar andando bem, veio o período do aprendizado “oficial”.

Um inferno que durou aproximadamente dezesseis anos, recheados de pesadelos matemáticos e desilusões amorosas, com direito a pequenos períodos no purgatório e alguns raros vislumbres, meio desfocados, do paraíso.

Era aquele mesmo velho espermatozoide inconsciente agora visível, exposto à execração e escárnio público em uma nova corrida de obstáculos.

Não vou ser hipócrita e negar que desse ponto em diante, não me diverti.

Durante esse período da expansão pude conhecer boa parte do mundo, ter uma ideia do cosmos do qual faz parte, e da finitude do ser.

Ao longo de setenta e cinco anos, dores, desilusões alegrias e amores formaram um “mix” que eu diria no todo ter valido a pena.

Como teria pensado o cara que saltou do décimo andar de um prédio ao passar pelo quinto:- até aqui tudo bem.

No que dependia de mim e de meu “big bang” pessoal até o momento vai tudo nos conformes, com possibilidades grandes de melhoras.

Então, antes que façam uma “M”, aqui fica um aviso aos responsáveis pelas urnas mágicas do TSE: Não tentem nenhuma gracinha em outubro próximo, já vivi o bastante para não se enganado por um bando de nadas que se creem o axioma.

Tenho certeza que outros universos singulares que pensam como eu, que já olharam a mentira nos olhos em suas mais disfarçadas formas, não vão ficar calados caso ela (a mentira) tente se impor.

Hoje somos maioria, aprendemos a usar nossos cérebros, queremos viver em ordem e progresso para dar vida a uma nova realidade, na qual valha a pena existir.

O “Flow” com o capitão, até o momento, tem mais de sete milhões de “views”, o consórcio da imprensa está cortando os punhos na banheira.

Estamos prontos.

Bang!

sábado, 6 de agosto de 2022

 


Divagando sobre o tudo e o nada.

 

Por: H. James Kutscka

 

Fico aqui pensando com meus botões no que escrever para cumprir com o dever auto imposto de toda semana,  pelo menos tentar humildemente rebater as mentiras amplamente divulgadas pelo consórcio da imprensa, com palavras  que já não tenha escrito anteriormente.

Talvez citar a inspirada constatação contida na frase emitida por Augusto Nunes, em uma das edições do programa “Pingos nos is” da Jovem Pan: “Lula não tem eleitores, tem cumplices”.

 A atual desfaçatez com que os meios de comunicação publicam pesquisas de intenção de voto colocando o cachaceiro em primeiro lugar, é repugnante.

Fossem os números publicados verdade, teríamos de admitir que a maioria de nosso povo é absolutamente destituído dos mais mínimos princípios morais, premissa à qual me nego aceitar.

Moral essa que os bem nutridos ministros do STF nem mesmo ouviram falar.

Rola em Brasília entre os defensores do caos uma informação de que o cachaceiro na verdade teria apenas 16% de intenção de voto, (percentagem que vem diminuindo) e de que o capitão levaria a eleição no primeiro turno com 62% dos votos.

A informação verdadeira ou não está levando a quadrilha à loucura.

Fraudar as urnas que parecia ser o plano inicial, está ficando a cada minuto que passa mais difícil, tentar matar o homem como fizeram em 2018 acarretaria sem sombra de dúvida uma revolução fratricida onde eles (o pessoalzinho do ódio do bem) seria aniquilado por serem uma minoria, resta então tentar impugnar a candidatura do homem.

Não tenham dúvidas, eles vão tentar.

A nós que defendemos um Brasil pujante e democrático sem ”iluministros” onipotentes, mandando prender pessoas  por crimes  de opinião inexistentes no código penal e libertando ladrões e assassinos condenados, sem políticos corruptos na coleira de um STF que em  lugar de temer o senado é por seus componentes temido.  

A nós repito,  cabe fazer entender a essa chusma  até o momento privilegiada,  que todo poder emana do povo, e que esse mesmo povo finalmente depois de três anos e meio de um governo decente, parece ter entendido essa verdade.

Para aqueles que ainda não entenderam que democracia é a segurança do direito, (como aqueles que se sentem supremos como o jabuti em cima do muro) vamos mostrar no dia sete de setembro nas ruas, que quem os botou lá não nos mete medo, e vamos devolve-los ao chão onde é seu lugar.

E se de nada se trata, que tal um deputado propor a formação de um grupo de trabalhos para acompanhar os treinos e partidas da Seleção de futebol no Qatar com 11 titulares e 11 suplentes (uma babá de luxo para cada jogador) objetivando resgatar o orgulho dos meninos milionários daquela seleção que foi nomeada por Nelson Rodrigues como: “A pátria com chuteiras”, que estariam com a moral meio baixa.

A nulidade que pretende fazer turismo às nossas custas tem nome: José Rocha do PL da Bahia o mesmo partido do presidente.

Um país com uma câmara de deputados federais que abriga esse tipo de “sumidade” pode ser levado à sério?

Já não bastam os ataques diários da oposição agora vem o fogo amigo, um quinta coluna baiano expondo o partido ao ridículo!

Bem, para quem pretendia mesmo era divagar sobre o nada, acho que até já falei em demasia.

O fim está próximo, o Brasil do malandro está vivendo seus últimos dias.

Um Brasil de respeito, líder entre as nações vem aí, só depende de você.

Nos encontraremos dia 7 de setembro ao vivo e à cores nas ruas, vamos para o tudo ou nada, mostrar ao mundo como se conquista uma verdadeira democracia e se derruba uma ditadura do judiciário, sem armas.