sábado, 10 de abril de 2021

 



Musicais da Broadway

 

Por H. James Kutscka

 

Se tem uma coisa que invejo dos “sobrinhos do Tio Sam” é a capacidade para realizar peças musicais inspiradoras.

Várias delas consegui assistir em vários idiomas e suas melodias, letras de músicas, diálogos e figurinos coloridos ficaram gravados para sempre como imagens indeléveis em meu cérebro, queridos livros sonoros em uma biblioteca biológica.

”My Fair Lady”, com a música maravilhosa composta pelo berlinense Frederick Loewe que mais tarde veio a nos encantar com a partitura de “Camelot”, “Jesus Christ Superstar” e “Phanton of the Ópera”  do inspirado Andrew Lloyd “Webber”, “Chicago”, Les Mis” ( Os Miseráveis), “Miss Saygon, na qual um helicóptero Bell HU Iroquois de verdade,  descia no palco  no meio do espetáculo, e tantas outras maravilhas que vieram ao mundo  nesse quarteirão  que é uma verdadeira maternidade de musicais fantásticos, a Broadway.

Neste final de semana, depois de mais anos do que eu gostaria tivessem passado, e uma ‘fraudemia” que já nos mantém reféns de tiranetes em casa, tive a alegria de ver em primeira mão “Hamilton”.

Um musical fantástico  baseado na vida de Alexander Hamilton (um dos “Founding  Fathers” ) filho ilegítimo abandonado pelo pai e órfão de mãe aos  onze anos, que chegou a ser  Secretário do Tesouro dos Estados Unidos da América  durante o governo de George Washington e fundou o primeiro banco do país o Bank of New York  que durou até  2004, quando foi incorporado  pela Mellon Financial Corporation  e passou a chamar-se Bank of New York Mellon Corporation  sendo o maior banco depositário do mundo, com 33.1 trilhões de dólares em ativos sob sua  custódia.

Foi um dos fundadores da Casa da Moeda Norte Americana e como se isso não bastasse, autor em 1787 de 85 artigos para ratificar a Constituição dos Estados Unidos, reunidos posteriormente em um livro chamado “O Federalista”.

Nesse ponto o prezado leitor pode pensar que tipo de musical se poderia fazer com esse tipo de personagem, sobre o qual esqueci de mencionar que o filho morreu em um duelo de pistolas defendendo a honra do pai e ele mesmo encontrou seu destino também em um duelo, com o à época. vice-presidente de Thomas Jefferson, Aaron Burr basicamente pelo fato de ter sido chamado de covarde acrescido de divergências políticas que vinham de muito tempo.

Pois lhes digo: Lin-Manuel Miranda rapper porto-riquenho autor do libreto, e que encarna magistralmente o personagem central no palco, e vencedor de um prêmio “Pulitzer”, dois Grammys , um Emmy, três Tonys entre outros tantos, fez a magia acontecer.

Um musical inteiro contando a vida de Alexander Hamilton em rap. Ver para crer.

Será possível em breve conferir no canal de streming da Disney.

Até lá sugiro que pensem porque os Estados Unidos da América é a maior economia do mundo.

Um país que apesar disso tudo, que inclui ensinar história nos palcos, pôde se dar ao luxo de colocar um débil mental  na Casa Branca com direito a apertar o botão do fim do mundo detonando o maior arsenal nuclear do planeta (que até o momento, gostemos ou não, é o único que temos pra chamar de nosso).

Temo que a resposta seja: Os conservadores ignoram o poder da estupidez humana.

Me pergunto: qual o personagem de nossa história mereceria um musical em que valores como honra, honestidade, coragem, patriotismo, discernimento e empreendedorismo fossem exaltados para exemplo de nossa juventude?

Um país onde um cangaceiro que se diz de direita passa o pano para limpar o passado do ladrão cachaceiro e o convida para ser seu candidato à vice presidência em uma funesta reprise do que aconteceu na Argentina, onde graças à dobradinha Fernandez/Kirchner o número de pessoas no país dos “hermanos” abaixo do nível considerado de pobreza máxima, aumentou em mais de 42%.

Brasil, terra onde onze urubus colocados no galho mais alto da árvore do poder por ladrões e bandidos, defecam lagostas mal digeridas e urinam vinhos premiados, sobre as cabeças de quem não está podendo nem mesmo comer arroz com ovo, enquanto decidem rindo como suprimir nossas liberdades (inclusive de culto), baseados em números irreais fabricados por governadores durante a “fraudemia chinesa”.

Querer que vítimas do “paulofreirismo” que assolou nosso país entendam o que está acontecendo, seria pedir muito.

Essa é uma guerra “sui generis”; na frente de batalha estão os idosos que sabem o que está acontecendo e lutam com as armas que podem, Já confortáveis em suas casas, jogando vídeo game, estão os jovens sem se importar com o resultado da batalha.

Fazer o que?

Não gostam de musicais, só de filmes de super-heróis de fantasia com a cueca por cima da roupa.

Como não pretendo ser o professor Henry Higgins, que vivam suas vidas de Eliza Doolittle sem aspirações maiores enquanto puderem. 

Quanto a mim, continuarei na luta contra a mediocridade enquanto tiver forças.

 

Me sigam todas as terças-feiras e sábados à noite no programa  “Três Neurônios” no You Tube.

 

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