Musicais da Broadway
Por H. James Kutscka
Se tem uma coisa que invejo dos “sobrinhos do Tio Sam” é a
capacidade para realizar peças musicais inspiradoras.
Várias delas consegui assistir em vários idiomas e suas
melodias, letras de músicas, diálogos e figurinos coloridos ficaram gravados
para sempre como imagens indeléveis em meu cérebro, queridos livros sonoros em
uma biblioteca biológica.
”My Fair Lady”, com a música maravilhosa composta pelo
berlinense Frederick Loewe que mais tarde veio a nos encantar com a partitura
de “Camelot”, “Jesus Christ Superstar” e “Phanton of the Ópera” do inspirado Andrew Lloyd “Webber”,
“Chicago”, Les Mis” ( Os Miseráveis), “Miss Saygon, na qual um helicóptero Bell
HU Iroquois de verdade, descia no palco no meio do espetáculo, e tantas outras
maravilhas que vieram ao mundo nesse
quarteirão que é uma verdadeira
maternidade de musicais fantásticos, a Broadway.
Neste final de semana, depois de mais anos do que eu
gostaria tivessem passado, e uma ‘fraudemia” que já nos mantém reféns de tiranetes
em casa, tive a alegria de ver em primeira mão “Hamilton”.
Um musical fantástico
baseado na vida de Alexander Hamilton (um dos “Founding Fathers” ) filho ilegítimo abandonado pelo
pai e órfão de mãe aos onze anos, que
chegou a ser Secretário do Tesouro dos
Estados Unidos da América durante o
governo de George Washington e fundou o primeiro banco do país o Bank of New
York que durou até 2004, quando foi incorporado pela Mellon Financial Corporation e passou a chamar-se Bank of New York Mellon
Corporation sendo o maior banco
depositário do mundo, com 33.1 trilhões de dólares em ativos sob sua custódia.
Foi um dos fundadores da Casa da Moeda Norte Americana e
como se isso não bastasse, autor em 1787 de 85 artigos para ratificar a
Constituição dos Estados Unidos, reunidos posteriormente em um livro chamado “O
Federalista”.
Nesse ponto o prezado leitor pode pensar que tipo de
musical se poderia fazer com esse tipo de personagem, sobre o qual esqueci de
mencionar que o filho morreu em um duelo de pistolas defendendo a honra do pai e
ele mesmo encontrou seu destino também em um duelo, com o à época.
vice-presidente de Thomas Jefferson, Aaron Burr basicamente pelo fato de ter
sido chamado de covarde acrescido de divergências políticas que vinham de muito
tempo.
Pois lhes digo: Lin-Manuel Miranda rapper porto-riquenho
autor do libreto, e que encarna magistralmente o personagem central no palco, e
vencedor de um prêmio “Pulitzer”, dois Grammys , um Emmy, três Tonys entre
outros tantos, fez a magia acontecer.
Um musical inteiro contando a vida de Alexander Hamilton em
rap. Ver para crer.
Será possível em breve conferir no canal de streming da
Disney.
Até lá sugiro que pensem porque os Estados Unidos da
América é a maior economia do mundo.
Um país que apesar disso tudo, que inclui ensinar história
nos palcos, pôde se dar ao luxo de colocar um débil mental na Casa Branca com direito a apertar o botão
do fim do mundo detonando o maior arsenal nuclear do planeta (que até o
momento, gostemos ou não, é o único que temos pra chamar de nosso).
Temo que a resposta seja: Os conservadores ignoram o poder
da estupidez humana.
Me pergunto: qual o personagem de nossa história mereceria
um musical em que valores como honra, honestidade, coragem, patriotismo,
discernimento e empreendedorismo fossem exaltados para exemplo de nossa
juventude?
Um país onde um cangaceiro que se diz de direita passa o
pano para limpar o passado do ladrão cachaceiro e o convida para ser seu
candidato à vice presidência em uma funesta reprise do que aconteceu na
Argentina, onde graças à dobradinha Fernandez/Kirchner o número de pessoas no
país dos “hermanos” abaixo do nível considerado de pobreza máxima, aumentou em
mais de 42%.
Brasil, terra onde onze urubus colocados no galho mais alto
da árvore do poder por ladrões e bandidos, defecam lagostas mal digeridas e
urinam vinhos premiados, sobre as cabeças de quem não está podendo nem mesmo
comer arroz com ovo, enquanto decidem rindo como suprimir nossas liberdades (inclusive
de culto), baseados em números irreais fabricados por governadores durante a “fraudemia
chinesa”.
Querer que vítimas do “paulofreirismo” que assolou nosso
país entendam o que está acontecendo, seria pedir muito.
Essa é uma guerra “sui generis”; na frente de batalha estão
os idosos que sabem o que está acontecendo e lutam com as armas que podem, Já
confortáveis em suas casas, jogando vídeo game, estão os jovens sem se importar
com o resultado da batalha.
Fazer o que?
Não gostam de musicais, só de filmes de super-heróis de
fantasia com a cueca por cima da roupa.
Como não pretendo ser o professor Henry Higgins, que vivam
suas vidas de Eliza Doolittle sem aspirações maiores enquanto puderem.
Quanto a mim, continuarei na luta contra a mediocridade
enquanto tiver forças.
Me sigam todas as terças-feiras e sábados à noite no
programa “Três Neurônios” no You Tube.
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