sábado, 28 de agosto de 2021

 







A pequena loja dos horrores e o STF

Por H. James kutscka

 

 

No maravilhoso musical de 1986 “The Little Shop Of Horrors” o talentoso diretor inglês Frank Oz nos mostra de maneira hilária, como um inocente funcionário de uma floricultura à beira da falência em um bairro pobre de uma cidade, se apodera durante um eclipse de um bulbo de uma planta vinda do espaço.

A planta estranha batizada de Audrey II em homenagem à garota pela qual é apaixonado posta na vitrine, vira atração em toda cidade. Os negócios prosperam até ela começar a morrer. Seymour (esse é o nome do personagem interpretado por Rick Moranis) descobre incidentalmente que ela precisa se alimentar de sangue para seguir viva e viçosa.

Ele começa alimentando-a com o sangue de pequenos roedores e não vou contar mais nada para não estragar a diversão de quem por ventura resolver procurar o filme para vê-lo.

Adianto que vale a pena, Frank Oz além de diretor é um dos produtores e diretor de Vila Sésamo e do Muppets Show.

A direção, as músicas e coreografias são espetaculares, mas porque estou falando disso?

Explico: Existe um antigo ditado que diz: De boas intenções o inferno está cheio.

Será que os atuais defensores do povo, da verdade e da democracia em nosso país, os onze deuses instalados no que não chega ser um Olimpo pois não passa de um planalto, que usam e abusam de seus poderes para prender e calar quem não reza por suas cartilhas estão como Audrey II, enquanto aparentam defender nossa saúde, democracia e nossos direitos estão é na verdade se alimentando de nosso sangue?

Centenas de milhares de mortes pelo” flango flito” poderiam ter sido evitadas, caso não tivessem soberanamente decidido passar o comando da crise para seus adestrados governadores, que na abstinência de dinheiro da corrupção aproveitaram a crise para encher as “burras” com o dinheiro Federal! 

De maneira inversa à planta do filme que crescia exponencialmente enquanto se alimentava, eles diminuem! O que era um Supremo tribunal Federal, hoje às vistas do povo se torna o Desprezível Tribunal Federal.

Diferente do filme, assistimos a uma peça teatral de mau gosto representada por onze canastrões, onde o cenário e o vestuário tentam disfarçar um roteiro medíocre, quando não subversivo, onde atores e coadjuvantes subvertem o texto para servir a seus objetivos inconfessáveis e de seus apaniguados, sob os aplausos de uma claque política encarregada de manobrar o auditório como em um estúdio de gravação de comédias de costumes.

A imprensa mesmerizada com a possiblidade de voltar a nadar de braçada com o dinheiro público, repercute os falsos aplausos e segue mentindo que a peça é um arrasa quarteirão e trata os atores como divas de toga.

Parece que ninguém está vendo o perigo, então só para lembrar em ordem temporal o final das últimas divas que frequentaram o palco e duvidaram que, todo poder emana do povo seja na democracia seja em qualquer tipo de regime.

Em 28 de abril de 1945, Benito Mussolini e Clara Petacci depois de deitarem e rolarem em Roma, fugiram para o norte da Itália e foram pegos e mortos por “partisans”  no vilarejo de Giulino de Mezzagra perto de Milão para onde seus corpos foram levados e expostos, pendurados de cabeça para baixo em uma  praça para a execração pública, onde foram urinados e apedrejados pela população..

Adolf Hitler e a amante com quem havia se casado no dia anterior Eva Braun, suicidaram-se no dia 30 de abril de 1945 em Berlim.

Ele com um tiro na têmpora ou na boca (os relatos são inexatos) e ela com cianeto.

1945 estava se mostrando um péssimo ano para ditadores, mas ainda não tinham aprendido a não abusar do povo.

Em 25 de dezembro de 1989, os romenos depois de muitos anos tiveram um feliz Natal, Nicolae Ceausescu e sua mulher Elena foram levados à corte marcial, sumariamente julgados e executados no mesmo dia por um pelotão de fuzilamento composto por soldados do corpo de paraquedistas do exército comandados por Victor Stanculescu que para honrar o ditado de que “quem tem c. tem medo” só no nome tinha dois, não hesitou um segundo.  

Elena morreu xingando o pelotão de fuzilamento de filhos da puta e Nicolae cantando a Internacional Comunista. Pura poesia.

Em treze de dezembro de 2005, Saddam Husseim foi desentocado como uma toupeira de um buraco em um casebre nas cercanias de Ticrite (sua cidade natal). Identificou-se a seus captores como presidente do Iraque, com quem tentou negociar sua soltura com uma maleta contendo U$ 750,000.00.

Foi enforcado em Bagdad em 30 de dezembro. Cenas gravadas com celulares mostram que durante o enforcamento, foi humilhado pelos presentes com todo tipo de insultos.

Às 8:30 da manhã de 20 de outubro de 2011, um comboio de aproximadamente setenta e cinco carros deixou Trípoli fugindo da revolta popular, em um deles ia Muammar al- Gaddafi e um de seus filhos Mutassim.

O comboio sofreu um ataque aéreo e o carro em que iam foi atingido, o ditador que escapou com ferimentos em uma das pernas, tentou refugiar-se em um tubo de esgoto onde foi aprisionado e linchado. Da merda para a merda.

O que facilmente se pode deduzir de tudo isso é que:    quando um povo se cansa da tirania opressora de quem detém o poder e se levanta, seja com o apoio de um exército regular, seja com as próprias mãos, não é um espetáculo bonito de se ver.

Dia sete de setembro nosso povo irá ordeira e pacificamente às ruas pedir de maneira civilizada o fechamento da lojinha dos horrores e a compostura das divas.

Será a última vez que assim pediremos.

Quem avisa amigo é.


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