sábado, 20 de novembro de 2021

 


Hora de abandonar o inseticida

 

Por: H. james kutscka

 

Este artigo foi inspirado em um grupo de “Watts appp” que em uma simples frase conseguiu de maneira esplendida resumir de forma escatológica o sentimento que eu e a grande maioria de meus leitores tem à respeito dos fatos representados por personagens patéticos na “opera buffa” atualmente em cartaz nesse palco de dimensões continentais chamado Brasil.

“Não é ódio é NOJO”, assim mesmo com a palavra nojo em caixa alta como se gritasse sua indignação perante os fatos.

Me senti perfeitamente representado, pois não é ódio, é nojo o que sinto das instituições que deveriam nos representar, o mesmo nojo que me impede de esmagar uma barata com a sola do sapato pois a (a sola do sapato) irremediavelmente, fato que sempre me levou a buscar um meio menos traumático de livrar-me do repulsivo inseto como um inseticida, assim digamos de uma maneira mais civilizada, conseguiria o mesmo resultado sem os lances de “Grand Guignol” resultantes do pisão.

E é aí que reside o engano de todos conservadores, na civilidade, no nojo de tomar a atitude correta, mas deselegante, aquela que resolve o problema de maneira definitiva, acabando de uma vez por todas com esses estropícios que vem solapando as bases da democracia em nossa terra.

Políticos e juristas, ou talvez devesse dizer, “politiques e juristes” para estar de acordo com o entendimento de um ministro iluminado que na semana que passou,  não  contente em  proibir a polícia de subir aos morros cariocas para combater o trafego,  agora legisla violando  a constituição ao desautorizar o Estado de Rondônia  a exigir que se fale português nas escolas, mudando em um “canetaço” a nossa língua, que convém lembrar é assegurada pela constituição conforme reza no seu artigo 13 :“ A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil”  e eu complemento para informação do ilustre ministro, nela não existe essa parvoíce de linguagem neutra, a menos que vossa excelência tenha alterado a constituição sem consultar o povo de onde emana todo poder.

Voltando às baratas, estamos deixando passar muitas coisas por nojo de sujar a mãos, como nas baratas usamos o inseticida evitando tocá-las ainda que com a sola do sapato, e as varremos para fora sem verificar se estão realmente mortas. Elas voltam.

Políticos são como baratas, se não estiverem bem mortos eles retornam, são quase imortais, não dá para livrar-se deles sem sujar as mãos, principalmente aqueles que não são eleitos pelo povo, mas foram alçados a seus cargos supremos e vitalícios pelos bandidos que a partir de então, deverão proteger a qualquer custo.

A “quadrilha da capa preta” que agora se declara poder moderador.

Surpresa! Dormimos numa República Democrática e acordamos no dia seguinte em um império, onde no lugar de um imperador temos dez “Darth Vaders” dando as ordens e folgando com nossa cara.

Que será que antevia e quis nos dizer, George Washington, um dos “Founding Fathers” da maior democracia que o mundo já conheceu, que a esquerda festiva travestida de paladina da liberdade adora citar, como se estivessem realmente interessados em livrar as camadas pensantes assim como as dormentes da população da opressão da censura, o que somente pode acontecer em uma verdadeira democracia: “A árvore da liberdade deve ser regada de quando em quando com o sangue dos patriotas e dos tiranos. É seu adubo natural”.   

O preço da inanição será a perda da liberdade e submissão àqueles que nunca tiveram pruridos em sujar a sola do sapato para esmagar o povo.

Democracia nada mais é que a segurança do direito, e essa segurança nos está sendo usurpada por toda espécie de traidores da pátria.

Como disse Thomas Jefferson, citando como George Washington a natureza atualmente tão em voga: A árvore da democracia precisa ser chacoalhada periodicamente para não atrofiar.

Gostaria de humildemente acrescentar: Às vezes, por mais que nos doa, não basta chacoalhar ou usar inseticidas, para salvá-las de uma praga destrutiva, torna-se necessário podá-las.   

  

 

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