O maior espetáculo da terra.
Por: H. James Kutscka
“O maior espetáculo da terra”. Assim era anunciado o circo
Ringling Bros and Barnum & Bailey na minha infância.
Se interessa aos meus caros leitores, não, nunca o vi de forma presencial, mas meu pai
amante das artes, me levou ao cinema ainda
no Rio Grande do Sul quando eu tinha 9
anos para assistir ao “Maior Espetáculo da Terra” filme do grande Cecil B De Mille com Charlton Heston, James Stewart, Doroty Lamour e outros astros que
não ficaram tão famosos como esses três já o eram na época, apenas uns quatro anos depois de seu
lançamento nos USA, tempo até curto para um filme chegar até o
cinema de Iraí, onde morávamos.
Lembro até hoje daquele circo onde o espetáculo ocorria em
três picadeiros simultaneamente.
A música, as cores, o circo em sí, e a alegria de estar ali
vendo tudo aquilo com meu pai, ficaram gravados para sempre em minha memória
Eram outros tempos, tudo era mais simples. Os grandes
amores, as grandes dores, as decepções e a política ainda esperavam pacientemente
no futuro para se apresentar de acordo com um “script” que o artista principal (eu)
não participara da criação.
Nada me faria imaginar que sessenta e seis anos depois,
estaria sentado na arquibancada de um circo que facilmente poderia ser
apresentado como “O Maior Espetáculo Tropical da Terra.
Um circo gigantesco montado no planalto central do Brasil, que
da mesma forma que o original, apresenta maravilhas. Num dos picadeiros, espetáculos de mágica como
fazer desaparecer bilhões de reais do bolso da plateia embasbacada tem vez, no
picadeiro principal malabarismos como justificar prisões por crimes
inexistentes no código penal (como ofender um “show man”) são apresentados com
grande pompa e circusntância.
Como no circo original dos irmãos Ringling e Barnum e Bailey o espetáculo conta com três
picadeiros onde de forma simultânea
acontecem verdadeiros shows.
O maior deles fica no centro e é conhecido como picadeiro superior,
onde onze “show men” perfeitos em um cenário que imita uma suntuosa corte de
justiça depois de uma comilança pantagruélica, passam a peidar, arrotar e
vomitar para delírio dos artistas participantes dos outros dois picadeiros
conhecidos como parlamento e tse (Trapezistas Sarcásticos Educacionais).
No primeiro (o parlamento) os participantes propõem ações
para o superior (em linguagem de circo colocam a escada) para que um dos nove
termine a piada (o número original de artistas no picadeiro superior era de
onze, mas dois se afastaram do circo e os dois novos que entraram não foram
muito bem aceitos pelas antigas divas, então por decisão colegiada, foram
reduzidos a um papel secundário sem direito a fazer piadas.
No terceiro, artistas pomposos fazem malabarismos com
antiquadas urnas para votação, urnas utilizadas apenas em circos mambembes no
Butão e Bangladesh performam um ato de ilusionismo para que o respeitável público
as veja como última e” non plus ultra” inovação tecnológica. Sua função: legalizar
um futuro grande embuste contra a vontade popular que garanta o funcionamento
do circo além do final de 2022.
É um circo com preocupações ambientais. Nele estão
proibidos animais, mas para não pecar contra a tão propalada diversidade e
inclusão social, permite a participação no espetáculo de algumas gazelas
especialmente adestradas e tratadas com todo carinho. Uma muito querida do
público, é um exemplar único de gazela do Amapá.
Vocês haverão de se perguntar: E onde estão os palhaços?
Como já disse anteriormente esse é um circo muito especial,
nele os palhaços estão de castigo e aos milhões assistem o espetáculo das
arquibancadas, proibidos de rir ou fazer qualquer tipo de crítica.
Entre eles (os palhaços), corre um boato que uma onça ronda
a tenda principal e diferente de outros palhaços cuja alegria seria ver o circo
pegar fogo, esses torcem para que a onça entre e ponha para correr a “troupe” toda
que se adonou do circo, incluindo as gazelas.
Penso: Meu pai oi qualquer pai levaria seus filhos para assistir
esse circo?
Quanto a mim cansado de piadas de mau gosto fui ao cinema
nessa última quarta-feira assistir a “Top Gun Maverick” um filme que os adoradores
do circo tacharam de conter masculinidade excessiva ou testosterona demais. N
verdade o filme mostra é muita ação com os fabulosos F 18 e F14 da marinha
americana (de acordo com os artistas do circo, símbolos fálicos), além de
valorizar o sentido de dever, honra, compromisso, amizade, altruísmo e coragem,
predicados que vem sendo extirpados de nossos jovens emasculados pela agenda
identitária a que estão sendo submetidos há anos por progressistas e nazi
feministas.
Um filme sem cenas entre lésbicas e gays, como parece ser
obrigatório mostrar hoje em dia em todos os filmes ou series, onde uma mulher
compete em termos de igualdade com os melhores pilotos de caça do mundo sem
deixar de ser feminina.
Enfim, um bom entretenimento para contrabalançar à
exposição diária que somos submetidos pela agenda feminista de progesterona e
estrógeno em programas de “Drag Queens”, culinária e decoração nas tevês.
A quem interessar possa, dessa vez quem me levou ao cinema junto
com minha mulher e nosso filho, foi nossa filha, que diga-se de passagem, nem
sempre concorda comigo.
Para quem vive em um circo distópico foi um intervalo bem
vindo para depois ligar os “after burns” e partir para a luta, que é o que
espero estar fazendo no momento.
E já que de cinema, agendas e inclusão estamos falando,
acabo de assistir um trailer da Disney de um próximo lançamento: “Pinóquio”,
onde Tom Hanks incorpora Gepeto e a fada madrinha que dá vida ao boneco é interpretada
outra vez por um negro gay como já fizeram na versão hipócrita de Cinderella.
Está bom ou precisa mais para acordar desse pesadelo?
A propósito: domingo tem parada do orgulho gay. Não tenho
nada contra. Cada um dá o que quiser desde que seja seu, mas creio ser chegada
a hora de fazermos uma grande parada do orgulho hétero, antes que passemos a
ser minoria em um mundo de um tomar e um dar sem conta.
No que, e o que?
Tenho certeza que vocês sabem!
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