sábado, 18 de junho de 2022

 

O maior espetáculo da terra.






 

Por: H. James Kutscka

 

“O maior espetáculo da terra”. Assim era anunciado o circo Ringling Bros and Barnum & Bailey na minha infância.

Se interessa aos meus caros leitores, não,  nunca o vi de forma presencial, mas meu pai amante das artes, me levou  ao cinema ainda no Rio Grande do Sul  quando eu tinha 9 anos para assistir ao “Maior Espetáculo da Terra” filme do grande Cecil B  De Mille com Charlton Heston, James  Stewart, Doroty Lamour e outros astros que não ficaram tão famosos como esses três já o eram na época,  apenas uns quatro anos depois de seu lançamento nos  USA,  tempo até curto para um filme chegar até o cinema de Iraí, onde morávamos.   

Lembro até hoje daquele circo onde o espetáculo ocorria em três picadeiros simultaneamente.

A música, as cores, o circo em sí, e a alegria de estar ali vendo tudo aquilo com meu pai, ficaram gravados para sempre em minha memória

Eram outros tempos, tudo era mais simples. Os grandes amores, as grandes dores, as decepções e a política ainda esperavam pacientemente no futuro para se apresentar de acordo com um “script” que o artista principal (eu) não participara da criação.

Nada me faria imaginar que sessenta e seis anos depois, estaria sentado na arquibancada de um circo que facilmente poderia ser apresentado como “O Maior Espetáculo Tropical da Terra.

Um circo gigantesco montado no planalto central do Brasil, que da mesma forma que o original, apresenta maravilhas.  Num dos picadeiros, espetáculos de mágica como fazer desaparecer bilhões de reais do bolso da plateia embasbacada tem vez, no picadeiro principal malabarismos como justificar prisões por crimes inexistentes no código penal (como ofender um “show man”) são apresentados com grande pompa e circusntância.

Como no circo original dos irmãos Ringling  e Barnum e Bailey o espetáculo conta com três picadeiros onde de forma simultânea  acontecem verdadeiros shows.

O maior deles fica no centro e é conhecido como picadeiro superior, onde onze “show men” perfeitos em um cenário que imita uma suntuosa corte de justiça depois de uma comilança pantagruélica, passam a peidar, arrotar e vomitar para delírio dos artistas participantes dos outros dois picadeiros conhecidos como parlamento e tse (Trapezistas Sarcásticos Educacionais).

No primeiro (o parlamento) os participantes propõem ações para o superior (em linguagem de circo colocam a escada) para que um dos nove termine a piada (o número original de artistas no picadeiro superior era de onze, mas dois se afastaram do circo e os dois novos que entraram não foram muito bem aceitos pelas antigas divas, então por decisão colegiada, foram reduzidos a um papel secundário sem direito a fazer piadas.

No terceiro, artistas pomposos fazem malabarismos com antiquadas urnas para votação, urnas utilizadas apenas em circos mambembes no Butão e Bangladesh performam um ato de ilusionismo para que o respeitável público as veja como última e” non plus ultra” inovação tecnológica. Sua função: legalizar um futuro grande embuste contra a vontade popular que garanta o funcionamento do circo além do final de 2022.

É um circo com preocupações ambientais. Nele estão proibidos animais, mas para não pecar contra a tão propalada diversidade e inclusão social, permite a participação no espetáculo de algumas gazelas especialmente adestradas e tratadas com todo carinho. Uma muito querida do público, é um exemplar único de gazela do Amapá.

Vocês haverão de se perguntar: E onde estão os palhaços?

Como já disse anteriormente esse é um circo muito especial, nele os palhaços estão de castigo e aos milhões assistem o espetáculo das arquibancadas, proibidos de rir ou fazer qualquer tipo de crítica.

Entre eles (os palhaços), corre um boato que uma onça ronda a tenda principal e diferente de outros palhaços cuja alegria seria ver o circo pegar fogo, esses torcem para que a onça entre e ponha para correr a “troupe” toda que se adonou do circo, incluindo as gazelas.

Penso: Meu pai oi qualquer pai levaria seus filhos para assistir esse circo?

Quanto a mim cansado de piadas de mau gosto fui ao cinema nessa última quarta-feira assistir a “Top Gun Maverick” um filme que os adoradores do circo tacharam de conter masculinidade excessiva ou testosterona demais. N verdade o filme mostra é muita ação com os fabulosos F 18 e F14 da marinha americana (de acordo com os artistas do circo, símbolos fálicos), além de valorizar o sentido de dever, honra, compromisso, amizade, altruísmo e coragem, predicados que vem sendo extirpados de nossos jovens emasculados pela agenda identitária a que estão sendo submetidos há anos por progressistas e nazi feministas.

Um filme sem cenas entre lésbicas e gays, como parece ser obrigatório mostrar hoje em dia em todos os filmes ou series, onde uma mulher compete em termos de igualdade com os melhores pilotos de caça do mundo sem deixar de ser feminina.

Enfim, um bom entretenimento para contrabalançar à exposição diária que somos submetidos pela agenda feminista de progesterona e estrógeno em programas de “Drag Queens”, culinária e decoração nas tevês.

A quem interessar possa, dessa vez quem me levou ao cinema junto com minha mulher e nosso filho, foi nossa filha, que diga-se de passagem, nem sempre concorda comigo.

Para quem vive em um circo distópico foi um intervalo bem vindo para depois ligar os “after burns” e partir para a luta, que é o que espero estar fazendo no momento.

E já que de cinema, agendas e inclusão estamos falando, acabo de assistir um trailer da Disney de um próximo lançamento: “Pinóquio”, onde Tom Hanks incorpora Gepeto e a fada madrinha que dá vida ao boneco é interpretada outra vez por um negro gay como já fizeram na versão hipócrita de Cinderella.

Está bom ou precisa mais para acordar desse pesadelo?

A propósito: domingo tem parada do orgulho gay. Não tenho nada contra. Cada um dá o que quiser desde que seja seu, mas creio ser chegada a hora de fazermos uma grande parada do orgulho hétero, antes que passemos a ser minoria em um mundo de um tomar e um dar sem conta.

No que, e o que?

Tenho certeza que vocês sabem!

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