sábado, 30 de julho de 2022



 




Tolerância Zero

 

Por: H. James Kutscka

 

Sabe quando você vai a um hospital fazer algum exame de rotina e te pedem para tirar a roupa e vestir um daqueles trajes hospitalares azuis (ou verdes) que vem com uma bata que tem quatro cordões em locais insólitos, indecifráveis, e você sempre teve de pedir a um enfermeiro que te explicasse qual com qual deveria ser atado?

Pois bem, na ultima quinta feira fui fazer uma densitometria óssea e vesti a trapizonga (no caso azul) com desenvoltura, dando-me imediatamente conta de que aquele era sem dúvida mais um sinal de idade avançada.  Afinal já a havia vestido tantas vezes que finalmente, por mais ridículo que fosse o sistema de fechamento daquela coisa, havia aprendido.

Um conhecimento que me deixou bastante desapontado comigo mesmo.

Outro sinal da idade é a intolerância à burrice.

Não a burrice amadora, mas aquela “summa cum laude”, a burrice orgulhosa, aquela que já levou um asno ao mais alto cargo de nosso país e que graças a outros asnos, volta a concorrer ao cargo apoiado por um grupelho de mulas mais espertinhas, (desde já pedindo desculpas as mulas de quatro patas que são animais de respeito  e trabalhadores que por sua docilidade são frequentemente abusados por seus donos) que descobriram que colocar o burro mais ignorante para liderar a tropa, era ótimo para os negócios.

Em mais um capítulo ridículo do golpe em andamento para evitar a reeleição do capitão, entusiasmados se reuniram para assinar uma carta em defesa das urnas fraudáveis.

Pode?

Aqueles pertencentes ao ramo bancário, somente com o advento do PIX, amargaram uma perda de 2,7 bilhões em taxas cobradas sobre movimentações financeiras.

Ojeriza à verborragia do “juridiquês” de ministros submissos a quem lhes deu vida fácil, tentando justificar a um povo embasbacado com malabarismos linguísticos o injustificável, é outro sinal de que o tempo está se esgotando.

Sentir aflorar um instinto primitivo, beirando o irracional, ao ver um desses animais privilegiados, usando de fala mansa, ir mentir sobre nossas instituições em Oxford é somente mais outro sinal.

Ter consciência plena de ter ouvido nos últimos dois anos e meio, néscios defecarem regras “$ientíficas” por todos os meios de comunicação do país, sobre uma vacina experimental sem nenhuma comprovação de eficácia que rendeu bilhões de dólares a laboratórios que nunca se responsabilizaram por danos colaterais do produto, também isso é fruto de experiências passadas, como da Talidomida usada durante a gravidez por exemplo.

Dar-se conta das limitações de ir e vir, de adentrar a repartições públicas, de exercer suas funções em algumas empresas privadas ou de entrar em alguns museus vigentes até hoje impostas a aqueles que mais esclarecidos se recusaram a servir de cobaias para as “big pharma”, é intolerável.

Perceber claramente que quando você trata os que, utilizando-se -se de adjetivos ofensivos o tratam como imbecil, da mesma forma que eles te tratam, você perde amizades, sofre cancelamento em plataformas sociais e é ainda por cima, corre o risco de algum ”iluministro” mandar te prender por  entender que você representa um risco à democracia.

E o que é pior, se dá conta de que a PF (a bem da verdade, não toda, mas a guarda pretoriana do “iluministro” em questão) executa essa prisão ilegal sem titubear e quem podia fazer algo a respeito, não faz absolutamente nada.

Os mais jovens e tolerantes que porventura lerem esse artigo, podem pensar que essas não passam de reclamações de um septuagenário senil e rabugento que como o típico pregador alucinado que podemos encontrar no centro de toda grande cidade, grita para uma multidão alheada que o fim está próximo.

Pois bem, corro o risco de baseado nos fatos e isento de paixões políticas ou religiosas, vaticinar que felizmente no caso dos aqui referidos muares de duas patas, o fim está realmente próximo, três meses no máximo.

Como no meu caso, a tolerância da maioria de nosso povo com a injustiça, corrupção, ignorância, insegurança e politicagem, acabou.

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