sábado, 9 de julho de 2022

 


Uma janela com vista para o inferno.

 

Por: H. James Kutscka

 

 

“Tenho mais de cinquenta anos de janela” é uma expressão bem conhecida no Brasil. (o número de anos pode variar, quanto maior, mais a pessoa que está usando a expressão se sente confortável para emitir determinada opinião).

Pois é!

Não vou me aproveitar de meus anos para falar da pessoa que estaria na janela, mas da janela a própria. 

Uma janela imaginária que responde pelo nome de “janela de Overton”.

Para explicar melhor imaginem um efeito Doppler, só que invés de sonoro (quando se ouve o som aumentando o objeto que o emite está se aproximando, se o ouvimos diminuindo o objeto está se afastando), visual.

Você está olhando por uma janela que está uns dois metros de distância, a visão de fora é limitada pelos batentes, quanto mais você se afastar dela, menor será a paisagem descortinada, já à medida que for se aproximando, maior vai ser seu campo visual.

Como o ovo de Colombo, isso não parecia uma grande descoberta até que alguém percebeu como isso poderia ser utilizado para alterar a opinião pública.

O nome do cara, Joseph Paul Overton, advogado que também era formado em engenharia elétrica que lá pelo meio dos anos 90, ocupava o cargo de vice presidente do centro de Políticas Públicas de Mackinac no estado de Michigan nos USA.

O conceito que desenvolveu visando a segurança pública que começou com o nome de “janela do discurso” após sua morte em 2003, acabou levando seu nome “janela de Overton”.

Ele imaginou que todos olhavam a realidade por uma janela, mas que essa realidade podia ser mudada em cinco passos simples a partir de um evento marcante.

Vamos pegar como exemplo o atentado às torres gêmeas.

Até a noite de 10 de setembro, nenhum norte americano com dois neurônios funcionais na cabeça pensaria em meter o país em uma nova guerra.

Na mesma noite, ninguém imaginaria em ter suas liberdades cerceadas e vigiadas pela NSA ( National Security Agency).

Aí temos duas coisas que em um primeiro momento, eram inaceitáveis pela opinião pública ( primeiro passo)  a partir do dia 11 pela manhã a janela começava a se deslocar devido a cobertura da mídia, ir para a guerra contra os autores do atentado já para muitos parecia aceitável  (segundo passo), mas ainda havia uma enormidade de pessoas que não sabiam o que pensar sobre os acontecimentos, os neutros (terceiro passo a janela se move novamente), a imprensa como um todo passa a dirigir-se de forma ardilosa a eles que imaginam que com tantas provas torna-se difícil discordar das atitudes propostas pelos políticos  (a janela havia mudado de novo, quarto passo) e como consequência os norte- americanos aceitaram pacificamente ter suas liberdades vigiadas  com a assinatura por George Bush do Patriot Act, e dois anos depois, a declaração de guerra ao Iraque foi aceita como  coisa normal.

Parte da paisagem.

Os mesmos cinco passos são seguidos a partir da criação de uma Greta Thumberg, Leonardo di Caprio ou Macron falando das pobres girafas sendo queimadas na Amazônia.

Na agenda feminista pró aborto que trata o feto como um distúrbio em seus corpos que podem ser extirpados “meu corpo minhas regras”.

Do “Black Lives Matter”, sempre que um afro descendente   sofre alguma injuria que atuam como se outras “lives” não importassem.

Da identidade de gênero que faculta meninos e meninas a partir dos dez anos, decidir o sexo que querem assumir.

Das pesquisas que dão o cachaceiro como novo presidente do Brasil a partir de outubro de 2022.

Resumindo, para o desatento (Goebbels já sabia), uma mentira contada mil vezes passa a ser verdade, e pode fazê-lo aceitar o inaceitável.   

Já pararam para pensar porque o  logotipo e o nome do programa do tio Bill (aquele da picada para diminuir a população mundial) instalado na maioria dos computadores do planeta é uma janela?

Enfim, você está sendo enganado! 

Não importa quantos anos de janela você tenha, cada vez que você pisca, ela se moveu um pouco.

É chegada a hora de um choque de realidade, saia para a rua e deixe de ver o mundo pela janela que te oferecem.

Se você seguir vendo o mundo através da janela criada pelos políticos, ministros eleitos por indicação sem o aval do povo e o consórcio da imprensa regiamente sevado durante anos com quantias milionárias para criar narrativas, acobertar o mal e destruir reputações de patriotas, talvez venha a ser tarde demais quando você descobrir que lá fora o que o aguarda é o inferno.

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