Conjecturando sobre o momento.
Por: H. James Kutscka
Ninguém (senão eu mesmo) pode sequer imaginar o quanto eu gostaria
de estar agora, nesse exato momento em que escrevo esse artigo, sentado em
minha biblioteca ouvindo “blues” do começo do século passado e pondo em
palavras um dos infinitos contos
fantásticos que habitam aquele canto de meu cérebro em eterna penumbra, que
insistem em me afirmar que a realidade não passa de uma fantasia vestindo um
ator cansado que perdeu, já há algum tempo, toda sua graça.
Um cérebro que por obra do criador comporta-se como um
“hobo” (desempregados que durante a
grande recessão nos Estados Unidos viviam sem teto ou destino, viajando de
carona em trens de carga na busca de trabalhos esporádicos que lhes
possibilitasse a sobrevivência) e precisa desfazer-se da carga de histórias
para tornar a viajem mais leve.
Um “hobo” como o personagem central do livro de Ray Bradbury
“O Homem Ilustrado”, que ajudado por uma linda sensitiva que aparece em seu caminho e pela
qual se apaixona, descobre a história real por detrás das tatuagens que trazia
em seu corpo
Contos para povoar a imaginação de outros seres humanos
cujos cérebros bem ajustados, não deixaram espaço para a vagabundice
imaginária.
Sou absolutamente consciente de que realidade em demasia
pode ser fatal para a razão.
Sonhar é preciso.
No entanto aqui estou, escrevendo outro artigo para
defender o país escolhido como santuário por meus avós provenientes de uma
Europa arrasada. País que herdei de meus pais e pretendo deixar para meus
filhos.
Terra essa que ao longo de décadas, que somadas contam mais
de um século, é espoliada por uma quadrilha de canalhas iletrados e néscios que
do alto dos cargos aos quais foram alçados na República por um povo
cuidadosamente mantido na ignorância, hoje, depois de todos esses anos, se arrogam
no direito de tirar a máscara em público e chamar esse mesmo povo de “Mané” em
frente às câmeras sem o mais mínimo pudor.
Se acreditavam acima da lei.
Foi a gota d´água!
Sim, fomos Manés! Não todos, mas uma grande maioria e
continuaremos sendo se as providências necessárias não forem tomadas pelo único
Mané que pode decretá-las.
Aos milhões os ditos Manés se levantaram para autorizar o
verdadeiro “escolhido” a tomar as providências necessárias para alforria-los do
epiteto maldoso.
Os Manés deixaram de repente de ser o povo bonzinho e
alegre que a tudo e a todos perdoava.
Nosso “impávido colosso” vem sendo roubado debaixo de nossos
narizes, nossas liberdades estão sendo atiradas na privada onde ministros
defecam suas lagostas e vinhos premiados pagos por nós, mas assim como nos
contos de fantasia uma oportunidade final foi, por graça divina, dada aos
sofridos Manés, um presidente improvável em terra onde malandro é malandro e
Mané é Mané (como em seu samba definiu Bezerra da Silva, “Mané é um homem que
moral não tem. Vai pro samba, paquera e não ganha ninguém. Está sempre duro, é
um cara azarado e também puxa o saco para sobreviver. Mané é um homem
desconsiderado e da vida ele tem muito que aprender...”) como a pedra do poema
de Drummond cruzou nosso caminho.
A hora é agora!
Hora de acabar com as organizações criminosas que contam
com um exército de narco traficantes assassinos e ladrões, plantadas nos morros
e prisões de nosso país, assim como com os criminosos de colarinho branco, nas
mais altas funções da República que por uma sociedade inerme espalham suas
raízes.
Nesse exato momento um prepotente Humpty Dumpty em cima de
um muro, do qual fatalmente irá cair, brinca de alterar a Carta Magna de uma
nação livre, para servir a seus desígnios e de seus mestres titereiros.
Temos no presente instante uma oportunidade única de
extirpar esse câncer que já está em processo de metástase.
No atual momento a realidade supera minhas mais alucinantes
fantasias.
Um final feliz torna-se possível.
O homem que não teve medo de sozinho desafiar o sistema, o
consórcio da imprensa, o cartel de políticos que esta traindo o país tentando
vender nossa Amazônia em suaves prestações aos invasores que através de ONGS já
lá estabeleceram suas “cabeças de praia”.
A faxina geral só depende de que cada um de nós fique
atento, não confie em ninguém, apenas na sua intuição e não abandone o líder.
Não saiam da frente dos quartéis.
Estamos em uma guerra, então lembre-se que a primeira
vítima será sempre a verdade.
Não percam o foco!
Seremos exemplo para um mundo a caminho da tirania global e
da escravidão dos povos.
A força está conosco.
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