Tapophônia
Por H. James Kutscka
Por ocasião do alvissareiro tapa desferido por um popular
anônimo na cara do prepotente presidente “caga regras” Emmanuel Macron que em
um momento de desatino e loucura populista, resolveu encarnar um Bolsonaro e
correr para os braços do povo.
Me ocorreu a criação de um evento mundial mais ou menos
como o “USA for África”, no qual a música” We are the World” cantada pelos mais
famosos artistas da época ganhou corações e mentes ao redor do planeta.
A “Tapophônia pela vergonha”, a palavra que inventei, tem
sua raiz na palavra grega Sinfonia (que significa todos os sons) somente que no
caso presente, significaria todos os sons desde que produzidos por tapas
desferidos nas bochechas gordas ou magras (para termos graves e agudos) de corruptos
pelo mundo afora por populares indignados.
O primeiro acorde dessa “Tapophônia pela Vergonha” foi
gravado na França, e para meu entendimento respondeu ao “Koan” (pergunta sem
sentido proposta pelo mestre Zen Budista para estimular o discípulo à meditação):
Qual o som de uma só mão batendo palma?
Resposta: O som dos tapas aplicados pelo povo na cara dos
políticos canalhas.
E já que estamos falando em tapas na cara que soam como
música para nossos ouvidos aí vai um exemplo com tapa e música onde o resultado
acabou rendendo um Oscar para o ator.
A eficácia do tratamento pode ser verificada no filme
Whiplash (Em Busca Da Perfeição) onde o ator JK Simmons (ganhador do Oscar de
melhor ator coadjuvante em 2015 pelo papel) como um exigente professor do Conservatório
Musical de Shaffer (o melhor de New York)
aplica alguns tapas na cara de
Andrew Newman ( ator que personifica um estudante de bateria) por
esse não estar à altura do que o conservatório
esperava para um baterista na execução
da peça de Jazz “Caravan” de Juan Tizol e Duke Ellington.
O corretivo aplicado resulta em uma das melhores
performances de “Caravan” que esse escriba já ouviu.
Se você duvida de mim, consiga a trilha musical do filme e
preste atenção especificamente na bateria.
A lição aprendida é que: a eficiência, o desempenho, a
produtividade e a performance são resultado da disciplina e essa às vezes pode
ser conseguida “afinando“ o indivíduo como se faz com um instrumento, só que esse com
uns bons tapas.
Como no “Koan” me pergunto qual seria o som de um bom tapa
na cara do “Beiçola”?
Talvez o mesmo som de uma bofetada em um saco de estrume.
E o som de um bom tabefe na cara do “amigo do amigo de meu
pai”? talvez o de um tambor feito com pele de porco.
Na cara do “calça justa”, com certeza o som agudo de uma
cuica.
Na ala internacional para começar por perto, uma
chapuletada na cara de Albertito, que desceu do navio vindo da Europa na pátria
de “los Hermanos”. Esse soaria como um bufete num corte de carne de terceira.
Na cara da Merkel seria talvez o mesmo som de uma “bolachada”
(desculpem a redundância), em um pacote de “craquelets”, (em francês porque vocês
já sabem...) bolachas de água e sal.
Na do Biden, o som que esperaríamos proveniente de um
pescoção dado em e um pacote de fraldas geriátricas.
Que linda “tapophônia” ouviríamos se o povo cansado de ser
insultado, como no antigo desafio para um duelo entre cavalheiros, onde o
ofendido dava com a luva na cara do ofensor o fizéssemos, como na França de
Macron, sem a luva.
Essa alegre e quase inofensiva ação (fisicamente falando), teria
no entanto um efeito devastador na autoestima do atingido e talvez isso começasse a mudar as
coisas. O que soaria como música para nossos ouvidos cansados de ouvir asnices.
Proponho por fim, que o segundo acorde seja ouvido proveniente
do Brasil, temos por aqui muitos candidatos a um bom tabefe em público.
Podíamos começar afinando os senadores da CPI que estão
desafinados com a nação, afinando todos de uma só vez com tapas múltiplos como
na inesquecível cena do filme “ Amici Miei” ( Caros Amigos ) na estação de trem
, onde Ugo Tognazzi , Gastone Moschin, Phillipe Noiret e Adolfo Celi se postam
estratégicamente em uma gare na Itália, com o braço estendido e a mão espalmada
na altura das janelas de um trem que parte, como se abanassem para alguém e vão
esbofeteando os passageiros que com as cabeças para fora da janela se despendem
das pessoas na estação em uma sequência hilária.
Uma “motociata” com muito mais de cem mil motociclistas
pela liberdade em apoio ao nosso presidente realizada nesse sábado nos garante.
Chora”MIcron”!
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