Saudades do tempo em que Bambi era apenas um
veadinho órfão!
Por H. james Kutscka
A última Sexta-Feira Santa foi mais triste e mais santa que
anteriores, uma vez que coincidiu com o aniversário de nascimento de meu pai
que estaria na data completando 104 anos, se ainda por aqui estivesse.
O homem que construiu comigo um aeromodelo de um “Piper Cub”
com madeira balsa, cola e papel japonês, impulsionado por uma hélice que girava
ao desenrolar de uma borracha macia presa em seu interior à base do leme.
Ele voou de verdade e muitas vezes se acidentou, obrigando
meu pai a me ensinar a fazer os devidos consertos, o que fez com a paciência e
delicadeza que sempre o caracterizou.
Dele herdei o gosto por aviação, literatura, música e
cinema.
Eu devia ter menos de dez anos quando me levou para
assistir “Bambi” de Walt Disney, lembro de ter chorado quando mataram a mãe do
veadinho, não me envergonho, muito marmanjo o fez naquela tarde, lembro de não
ter olhado para meu pai para que ele não me visse chorando e também com medo de
descobrir que ele também estaria enxugando uma lágrima disfarçadamente com o
dedão.
Mais tarde já adulto, brincava com ele sobre seu gosto por
musicais e sua sensibilidade dizendo que tivera sorte de ter nascido em Mafra
(cidade gêmea de Rio Negro em Santa Catarina), tivesse nascido em São Paulo em
lugar de ser gerente do Banrisul (único emprego que teve até se aposentar),
talvez tivesse se tornado um bailarino do Municipal e eu talvez (sem maldade),não
tivesse nascido.
Ele achava graça.
Eram outros tempos
Existiam homens e mulheres.
Claro que como sempre, existiam homens afeminados,
“paraíbas”, sadomasoquistas de ambos os times, pedófilos, zoófilos, e todo tipo
de psicopatia, mas cada um discretamente procurava manter-se em seu quadrado.
Às vezes para seguir em frente com segurança é preciso de
vez em quando olhar no retrovisor.
Hoje a agenda LGBT e um montão de letras mais, tenta nos
convencer que a minoria é que está certa, e como criança mal educada testa o
limite de tolerância dos pais até levar umas palmadas.
Disney, (o Walt) deve estar se revirando no túmulo com a
agenda marxista da “herdeira” Charlie Cora Disney neta de seu irmão Roy. Trans que
assumiu o trono do império e pretende através dos personagens criados por seu
tio avô influenciar as crianças visando a destruição da família.
Charlie, ele ou ela, por ter herdado uma fortuna absurda e
não ter mais o que fazer, é parte de um grupo que nos “states” passou a ser
denominado como “luxury believers” (crentes de luxo), que em vez de ostentar
roupas caras ostentam causas para se destacar no mundinho das “célebs”, segundo
eles, virtuosas. Dessa maneira tentam expiar uma estranha culpa de nunca terem
feito nada na vida pela “causa gay”,
Ouvi dizer que no próximo filme da série Toy Story, Buzz
Lightyear o astronauta arrojado e machão dono do bordão “ao infinito e além“, protagonizará
um beijo gay.
Existe em Hollywood uma agência dedicada a entretenimentos
de impacto social e “lobby” chamada Glaad
(essa gente adora siglas sugestivas) , Gays and Lesbians Association Against Discrimination (associação de gays e lésbicas
contra a discriminação) que tem como objetivo aumentar a participação LGBTQ e todo o resto que lhes
ocorrer na indústria do cinema.
Os resultados já estão aí para quem quiser ver. A Amazon Prime
lançou uma Cinderella onde a fada madrinha era uma “louca” negra intoxicada de
purpurina. Com a audácia conseguiu ser o filme menos visto do ”streaming” em
2021.
Se você caro leitor, pensa que eles vão desistir por isso? Como
diria Vinícius: “é aí que o distinto se engana”. Filmes sem cenas de sexo gay são cada dia
mais raros nas plataformas, mas para não ser injusto quero lembrar de uma série
que escapou da patrulha ideológica de gênero de Charlie: “WandaVision”.
No último episódio da série onde o protagonista, marido de
Wanda que é trazido de entre os mortos por artes de magia da Feiticeira Escarlate
(Wanda e Vision, que milagre, formam um casal hetero com dois meninos gêmeos), para
uma cidade onde tudo ocorre como em uma “ sitcom” dos anos cinquenta. Quando
ele descobre que tudo que o cerca não é real, mas um constructo de sua mulher
que não conseguia viver sem ele, protagoniza no meu entender, a melhor fala do
ano de um personagem de série televisiva: “ O que é o luto senão o amor que
perdura?”. Não sei como escapou!
Estamos vivendo tempos difíceis. Lembro de Alice Cooper na
música “Welcome to my Nightmare” (Bem vindo a meu pesadelo):
Welcome to my
Nigthmare
I think you´re gonna like it
I thinkyou´re gonna feel that you belong
A nocturnal vacation
A necessary sedation
You wanna feel at home ‘cause you belong.
(Bem vindo a meu pesadelo, eu imagino que você vai gostar
dele, eu imagino que você vai se sentir parte dele. Umas férias noturnas, uma
sedação necessária, você vai se sentir em casa porque você faz parte.)
Tudo está virando um pesadelo orquestrado por uma minoria
histérica.
Vou encerrar com a frase do Vision adaptada: O que é o luto
senão a perpetuação do amor?
Pai, a saudade é muita, mas ainda bem que você não está
aqui porque isso está uma vergonha, eles
estão pedindo para apanhar!
Feliz Aniversário!
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