Um borrão erroneamente visto como realidade.
Por H. James Kutscka
Lá pelos idos de 1600, artistas hoje mundialmente
reconhecidos, como o italiano Michael Angelo
Merigi da Caravaggio e o holandês Rembrandt Harmens Van Rijn renovavam a pintura renascentista
com o que ficou conhecido como a técnica
do “chiaroscuro” (luz e sombra), que dava a suas obras um realismo e uma
noção de profundidade espacial nunca
antes conseguidos em uma pintura.
Meros mortais podiam então comtemplar em uma tela, (de uma
maneira que as mais modernas câmeras digitais jamais conseguirão mostrar), a
evidência de sua natureza divina, tanto no que tem de belo quanto no que possui
de mundano e brutal.
Dado ao realismo de obras como “A lição de anatomia” de
Rembrandt, naquele momento parece que a humanidade (sem trocadilho) caiu na
real.
E assim permaneceu, até nossa realidade ter se transformado
em um borrão de formas irreconhecíveis não apenas na pintura, mas nas atitudes,
nas artes e nas letras, especialmente de nossa Carta Magna.
Já nos é impossível em Terra Brasilis, distinguir as
diferentes nuances com que a lei é interpretada pelos verdadeiros barões de um
judiciário militante que julga e dita regras e decretos, composto no momento
não mais por pessoas, mas por algo mais abstrato e sinistro, constructos, não
mais que sintomas cinéticos de uma sociedade abúlica.
A própria história vem sendo desconstruída nas escolas com
a evidente intenção de tirar a escada em que se apoia a realidade e perpetrar
toda espécie de ignomínia impunemente.
Nas rádios, jornais, revistas e tele jornais, (transformados
em um verdadeiro consórcio) a verdade que lhes interessa vem sendo mentida de
maneira incessante e insensata.
Já nas redes sociais a verdade vem sendo vilmente censurada
pelos senhores das “big techs”.
É a PNL (Programação Neuro Linguística) que desde 1970 nos
vem sendo imposta de maneira quase imperceptível, minando a capacidade crítica
dos mais vulneráveis e que hoje se escancara
Um mundo onde a identidade de gênero tenta ser imposta
pelos progressistas, mundo esse onde homens que se creem mulheres estão
ganhando todas as competições femininas e são eleitos atletas do ano em algumas
modalidades.
Realidade estranha onde uma “fraudemia” surge de maneira providencial
para poder marcar o gado rebelde, com a desculpa de estar salvando o rebanho por
meio de uma picada redentora, produzida às pressas no celeiro do fazendeiro.
É o borrão, onde “professores” tentam emplacar o uso do
pronome neutro cujo único objetivo é o de desestabilizar padrões, costumes e
criar incertezas com a destruição da língua.
Escolas agem como verdadeiras lavanderias automáticas em um
palco de teatro, onde ativistas no papel de mestres atuam nas escolas, imunes
às leis lavando e enxaguando os cérebros de nossa juventude até deixá-los de um
branco impecável, livres de qualquer pensamento incômodo que possa espalhar-se e
atrapalhar o desenvolvimento da revolução de homogenia imbecilizante a que se
propõem.
Verdadeiras matriciais de idiotas úteis!
Locais em que, como previu Aldous Huxley em seu livro
“Maravilhoso Mundo Novo”, funcionários da nova ordem ainda impossibilitados de provocar
danos cerebrais durante a gestação, o fazem na infância e na adolescência, hodiernamente,
como verdadeiras fábricas de Épsilons (os humanos destinados à uma vida de
escravidão para servir seus patrões, por ordem, os Alfas os Betas e os Gamas).
Estamos claramente como lemingues caminhando para o
despenhadeiro, quem não morrer viverá na servidão.
Levando-se em consideração o estado em que estão as coisas,
não é difícil perceber que se faz necessário um urgente choque de realidade, como
o provocado pelos renascentistas Caravaggio e Rembrandt há quatro séculos atrás,
um movimento que para agradar os artistas poderá vir a ser conhecido no futuro
como “piú luce meno oscuritá” (mais luz
menos escuridão), que para ser efetivo, não poderá ser gestado por artistas
como Romero Brito ou Aldemir Martins, legítimos frutos da terra e do que em se
tratando de arte (com raras e gloriosas exceções), nela nasce. No meu entender
a salvação somente virá através de alguns batalhões de artistas vestindo verde
oliva e portando paletas de chumbo, armados com pinceis de aço, pois com
inimigo que enfrentamos não existe possibilidade de diálogo, ele somente se
renderá perante a força bruta.
Pois é o que penso.
Quem não concordar comigo que levante a mão.
Prometo escutar seus argumentos com a mesma atenção e
isenção que o inimigo até hoje escutou e ponderou sobre os nossos.
De uma coisa tenho certeza, nossa bandeira jamais será
vermelha!
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