sábado, 9 de abril de 2022

 




Um borrão erroneamente visto como realidade. 

 

Por H. James Kutscka

 

Lá pelos idos de 1600, artistas hoje mundialmente reconhecidos, como o italiano Michael Angelo  Merigi da Caravaggio e o holandês Rembrandt Harmens  Van Rijn renovavam a pintura renascentista com o que ficou conhecido como a técnica  do “chiaroscuro” (luz e sombra), que dava a suas obras um realismo e uma noção de profundidade espacial  nunca antes conseguidos em uma pintura.

Meros mortais podiam então comtemplar em uma tela, (de uma maneira que as mais modernas câmeras digitais jamais conseguirão mostrar), a evidência de sua natureza divina, tanto no que tem de belo quanto no que possui de mundano e brutal.

Dado ao realismo de obras como “A lição de anatomia” de Rembrandt, naquele momento parece que a humanidade (sem trocadilho) caiu na real.

E assim permaneceu, até nossa realidade ter se transformado em um borrão de formas irreconhecíveis não apenas na pintura, mas nas atitudes, nas artes e nas letras, especialmente de nossa Carta Magna.

Já nos é impossível em Terra Brasilis, distinguir as diferentes nuances com que a lei é interpretada pelos verdadeiros barões de um judiciário militante que julga e dita regras e decretos, composto no momento não mais por pessoas, mas por algo mais abstrato e sinistro, constructos, não mais que sintomas cinéticos de uma sociedade abúlica.

A própria história vem sendo desconstruída nas escolas com a evidente intenção de tirar a escada em que se apoia a realidade e perpetrar toda espécie de ignomínia impunemente.

Nas rádios, jornais, revistas e tele jornais, (transformados em um verdadeiro consórcio) a verdade que lhes interessa vem sendo mentida de maneira incessante e insensata.

Já nas redes sociais a verdade vem sendo vilmente censurada pelos senhores das “big techs”.

É a PNL (Programação Neuro Linguística) que desde 1970 nos vem sendo imposta de maneira quase imperceptível, minando a capacidade crítica dos mais vulneráveis e que hoje se escancara

Um mundo onde a identidade de gênero tenta ser imposta pelos progressistas, mundo esse onde homens que se creem mulheres estão ganhando todas as competições femininas e são eleitos atletas do ano em algumas modalidades.

Realidade estranha onde uma “fraudemia” surge de maneira providencial para poder marcar o gado rebelde, com a desculpa de estar salvando o rebanho por meio de uma picada redentora, produzida às pressas no celeiro do fazendeiro.

É o borrão, onde “professores” tentam emplacar o uso do pronome neutro cujo único objetivo é o de desestabilizar padrões, costumes e criar incertezas com a destruição da língua.

Escolas agem como verdadeiras lavanderias automáticas em um palco de teatro, onde ativistas no papel de mestres atuam nas escolas, imunes às leis lavando e enxaguando os cérebros de nossa juventude até deixá-los de um branco impecável, livres de qualquer pensamento incômodo que possa espalhar-se e atrapalhar o desenvolvimento da revolução de homogenia imbecilizante a que se propõem.

Verdadeiras matriciais de idiotas úteis!

Locais em que, como previu Aldous Huxley em seu livro “Maravilhoso Mundo Novo”, funcionários da nova ordem ainda impossibilitados de provocar danos cerebrais durante a gestação, o fazem na infância e na adolescência, hodiernamente, como verdadeiras fábricas de Épsilons (os humanos destinados à uma vida de escravidão para servir seus patrões, por ordem, os Alfas os Betas e os Gamas).

Estamos claramente como lemingues caminhando para o despenhadeiro, quem não morrer viverá na servidão.

Levando-se em consideração o estado em que estão as coisas, não é difícil perceber que se faz necessário um urgente choque de realidade, como o provocado pelos renascentistas Caravaggio e Rembrandt há quatro séculos atrás, um movimento que para agradar os artistas poderá vir a ser conhecido no futuro como “piú luce meno oscuritá”  (mais luz menos escuridão), que para ser efetivo, não poderá ser gestado por artistas como Romero Brito ou Aldemir Martins, legítimos frutos da terra e do que em se tratando de arte (com raras e gloriosas exceções), nela nasce. No meu entender a salvação somente virá através de alguns batalhões de artistas vestindo verde oliva e portando paletas de chumbo, armados com pinceis de aço, pois com inimigo que enfrentamos não existe possibilidade de diálogo, ele somente se renderá perante a força bruta.

Pois é o que penso.

Quem não concordar comigo que levante a mão.

Prometo escutar seus argumentos com a mesma atenção e isenção que o inimigo até hoje escutou e ponderou sobre os nossos.

De uma coisa tenho certeza, nossa bandeira jamais será vermelha!

  

 

 


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