Som nas
caixas para abafar a verdade.
Por: H. james Kutscka
Na
terça-feira passada em conversa com o querido amigo Pedro Rodovalho Marcondes
Chaves Neto (meu parceiro no programa Dois Neurônios Incomodam...) contei-lhe de um casamento de um filho de um
casal amigo ao qual compareci no último sábado no qual tive a oportunidade de
encontrar alguns velhos amigos que não via há muito tempo. Gostaria muito de ter conversado com eles,
mas falar com pessoas em uma festa de casamento nos dias de hoje, rivaliza com
os doze trabalhos de Hércules.
O encontro
se resumiu a um como vão? (gritado no ouvido e tendo como resposta um polegar
erguido).
O som
proveniente da cantora convidada e orquestra, enchiam todos os espaços não
permitindo que houvesse qualquer tipo de diálogo. Quando a cantora cansava,
entrava uma trilha musical pré-gravada, muito provavelmente com as músicas de
preferência dos noivos, e como se fosse possível, em um volume ainda mais alto.
Resumo da
ópera, o cenário era magnífico, a comida e a bebida excepcionais, já a
interação social próxima do zero.
- Essa é a
ideia disse Pedrinho (o mesmo citado anteriormente sem os quatro sobrenomes) e lembrou
um dos artífices da dissociação social através da música: Theodor Adorno
Filosofo da
escola de Frankfurt, um dos considerados mestres do marxismo ocidental, (onde
chegou a ser codiretor), contemporâneo de Herbert Marcuse e Wilhelm Reich (todos
marxistas) teve como seus dois colegas aqui citados um papel fundamental nas
manifestações estudantis de 1968, que por pouco não alcançaram seu propósito
socializante.
Pois bem, em
matéria de revolução pela música meu conhecimento parou em Erik Satie e suas
sinfonias cacofônicas onde o som de sirenes, tiros e de uma maquina de escrever
faziam parte da obra.
Então fui
procurar me inteirar da obra de Aderno que para mim depois da introdução de
Pedrinho, começou a me parecer como um Antônio Gramsci musical.
Então surpresa!
O cara, criador
do conceito de “Industria Cultural” que tem como um de seus ícones Andy Warhol
e seus quadros industrializados em silk screen, era nada mais nada menos que o
compositor de uma série de músicas de sucesso dos Beatles, onde sutilmente ia
colocando suas sementes marxistas.
A bem da
verdade Pedrinho já havia me falado, mas eu meio que fiquei na dúvida. Papai
Noel e a Cegonha não existirem já havia sido um baque no seu tempo, isso agora
aos 75 anos de idade seria demais.
Se conheceram
em Hamburgo em 1960 quando os ”Fab Four” que ainda não eram “Fab”eram apenas
reles “Four” foram dispensados por Bert Kaempfert, (produtor musical alemão
que ficaria conhecido internacionalmente por sua criação “Baby Elephant Walk” que virou sucesso na trilha sonora de Hatari,
filme com John Wayne e Elza Martinelli de 1962) que lhes disse que o mundo já
estava cansado de bandas com três guitarras e uma bateria. Se não fosse o salvador “O passo do
elefantinho, entraria para a história apenas pela tremenda pisada na bola com
os “The Beatles”.
Adorno não
foi tão simplista.
Teve com
eles a mesma visão que Gramsci teve quando anteviu um verdadeiro exército de professores
militantes “fazendo a cabeça” dos estudantes.
A ideia era
fazer a juventude perceber a superficialidade do capitalismo que estimula o
consumismo e cria a alienação, dessa feita através da música.
Seu trabalho
pode ser apreciado em alguns dos “hits” mais icônicos da banda como: Lucy in the sky with Diamonds, Tax man, Imagine,
Strawberry Fields Forever e Yellow Submarine
(os quais até hoje a grande maioria dos fãs acredita que foram compostos
pela dupla Lennon e Mc Cartney) e tantas outros sucessos que embalaram nossa
juventude nos quais nas letras podemos encontrar a mensagem do marxista.
Algumas delas
(músicas) ajudaram a construir o “zeitgeist” (espirito do tempo) que culminou
nas manifestações estudantis de 1968.
Theodor
havia quase alcançado a vitória, morreu um ano depois em 1969.
A pergunta
que fica é: onde estaríamos se ele ainda estivesse vivo e falasse português?
Por aqui os
Beatles foram e são até hoje os fabulosos quatro, com suas músicas
inesquecíveis, nossa sorte é que bem poucos brasileiros falam inglês para
entender as letras de suas canções e o recado que trazem embutido, mas
entendendo ou não como o mundo funciona e os recados sutis dos emissários do
comunismo são passados. Algo no entanto restou e ainda funciona, o hábito da
música ser tocada de forma ensurdecedora para que em eventos sociais as pessoas
não possam se comunicar.
A estratégia
é antiga: Dividir para conquistar e de preferência manter a juventude na
ignorância.
De qualquer
forma tenho algo a declarar: - Se deu mal Theodor! Pelo menos no que a mim me
toca.
Apesar de
tudo continuo gostando dos Beatles e mesmo me dando conta das mensagens
subliminares de algumas músicas, sigo sendo um conservador e odiando música
alta em festas.
E já que de
farsas e artimanhas da esquerda acabamos falando, não poderia finalizar este
artigo sem avisar aos incautos que o pretenso atentado contra a vice da
Argentina Cristina Kirchner nessa semana causando enorme comoção (conforme se
vê no vídeo) entre os repórteres presentes por ocasião do “evento”, foi perpetrado
com uma pistola d´água.
De uma
maneira ou outra, eles não desistem.
Eu também
não!
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